domingo, 28 de junho de 2015

LIÇÃO 13 – A RESSURREIÇÃO DE JESUS- 2º TRIMESTRE 2015





"E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. E acharam a pedra revolvida do sepulcro.
E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes.
E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras."

Lucas 24:1-8


INTRODUÇÃO
Em Lucas 24 encontramos o registro da ressurreição de Jesus, ocorrida após o terceiro dia da sua morte. Nesta lição traremos a definição da palavra ressurreição; veremos que esta doutrina não é uma invenção humana, pois é ensinada tanto no AT quanto no NT; pontuaremos qual a importância deste acontecimento e suas implicações; destacaremos algumas perspectivas dos críticos do cristianismo, que tentam com argumentos falaciosos e descabidos invalidar o fato do Cristo ter ressurgido dentre os mortos; e, por fim, veremos que a ressurreição é um fato inegável que torna Cristo e sua mensagem
inigualáveis.

I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA RESSURREIÇÃO
“No sentido bíblico indica o milagre divino de trazer uma pessoa morta de volta à vida no mesmo corpo, seja para a existência temporal, como aconteceu com Lázaro (Jo 11.38), seja para a vida eterna e glorificada, para a qual Jesus ressurgiu e todos os seus ressurgirão no dia da sua volta” (TENNEY, 2008, vol. 05, p. 168 – acréscimo nosso). Mas, o que a Bíblia nos ensina a respeito da Doutrina da Ressurreição? Vejamos o que nos diz o AT e o NT:

1.1 Antigo Testamento. É verdade que não encontramos declarações muito claras a respeito da ressurreição dos mortosantes do tempo dos profetas, embora Jesus deu o parecer de que já estava implícita em (Êx 3.6; Mt 22.29-32), e o escritor aos Hebreus dá a entender que até mesmo os patriarcas anelavam à ressurreição dos mortos (Hb 11.10, 13-16,19). Essa crença está implícita nas passagens que falam numa libertação do “sheol” (Sl 49.15; 73.24,25; Pv 23.14). Ela encontra
expressão na declaração de Jó 19.25-27. Sobretudo a vemos ensinada claramente em Is 26.19 e em Dn 12.2, e provavelmente está implícita igualmente em Ez 37.1-14” (BERKHOF, 2000, p. 725 – grifo e acréscimo nosso).

1.2 Novo Testamento. “No NT, o termo grego “anastasis” refere-se a ressurreição do corpo morto a vida. Como se podia esperar, o Novo Testamento tem mais que dizer sobre a ressurreição dos mortos do que o Velho Testamento, porque coloca o clímax da revelação de Deus sobre este ponto na ressurreição de Jesus Cristo. Contra a negação dos saduceus, Jesus argumenta em favor da ressurreição dos mortos com base no Velho Testamento (Mt 22.23-33 e paralelas (Êx 3.6). Além disso, Ele ensina essa grande verdade com muita clareza em (Jo 5.25-29; 6.39, 30, 44, 54; 11.24, 25; 14.3; 17.24). A passagem clássica do Novo testamento para a doutrina da ressurreição é 1 Co 15. Outras passagens importantes são: (1 Ts 4.13-16; 2 Co 5.1-10; Ap 20.4-6, e 20.13)” (BERKHOF, 2000, p. 725,726 – acréscimo nosso).

II – A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A ressurreição de Cristo tem significação tríplice:

(1) constituiu uma declaração do Pai de que o último inimigotinha sido vencido, a pena tinha sido cumprida, e tinha sido satisfeita a condição em que a vida fora prometida (I Co 15.26; Ef 1.17-23; Fp 2.9-11);
(2) foi um símbolo daquilo que iria suceder aos membros do corpo místico de Cristo em
em seu nascimento espiritual (Rm 6.4-5, 9; 8.11; Ef 2.1,5; Cl 2.12,12; );

(3) relaciona-se também com a ressurreição final dos crentes por ocasião do arrebatamento (I Co 6.14; 15.20-22,52; II Co 4.14; I Ts 4.16).

2.1 É uma Doutrina embasada nas profecias do AT. No AT encontramos o registro de profecias acerca da ressurreição do Messias. Este fato foi profetizado por Davi (Sl 16.9-11; At 2.25-32; 13.35-37); anunciado tipologicamente na experiência de Jonas (Jn 1.17; Mt 12.39,40); e, por fim, anunciada por Isaías (Is 25.8; 53.10; I Co 15.3,4, 55-57).

2.2 É uma Doutrina fundamental do Cristianismo. O apóstolo Paulo nos diz em (1 Co 15) que, se

Cristo não ressuscitou: a nossa pregação é vã (v. 14);
a nossa fé é vã (v. 14);
os apóstolos são falsas testemunhas (v. 15);
nós permanecemos em nossos pecados (v.17);
os que dormiram em Cristo estão perdidos (v.18);
e os cristãos são os mais miseráveis de todos os homens (v.19).

Por isso, a ressurreição de Cristo é uma doutrina fundamental do Cristianismo
(I Co15.4; II Tm 2.8).

2.3 É uma Doutrina fundamental para a aplicação da nossa salvação. Era necessário Cristo ressuscitar, para enviar o Espírito Santo (Jo 16.7; At 2.32,33); para dar dons aos homens (Ef 4.8-11); para dar arrependimento e remissão de pecados à Israel (At 5.31) e para estar à destra do Pai nos céus, e ser o cabeça da igreja (Ef 1.19-23). Paulo afirma ainda que a morte de Cristo reconciliou-nos com Deus, e Sua vida presente é que aperfeiçoa a nossa salvação (Rm 5.8-10).

2.4 É uma Doutrina que garante a nossa própria ressurreição. Escrevendo aos tessalonicenses, o apóstolo Paulo deixa bem claro que a ressurreição de Cristo nos garante que, os que morreram em Cristo, hão de ressuscitar (I Ts 4.13-17). Por isso, ele lhes diz que não queria que eles fossem ignorantes acerca dos que dormem, para que não se entristecessem, como
os demais, que não tem esperança (I Ts 4.13).

III - NEGAÇÕES DA RESSURREIÇÃO

Muitas heresias tem surgido no decorrer dos séculos acerca da pessoa de Cristo. Umas lançando dúvidas sobre a Sua humanidade; outras sobre Sua divindade; e outras, disseminando dúvidas sobre a Sua morte e ressurreição. Os céticos e incrédulos têm criado falsas teorias, tentando negar a realidade da ressurreição de Cristo. Citemos apenas algumas:

FALSAS TEORIAS O QUE PENSAM E AS REFUTAÇÕES

A Teoria do Desmaio

Cristo estava apenas desmaiado e seus discípulos o raptaram da sepultura e o reanimaram.
Enganadores não arriscariam a vida mais tarde por causas justas como fizeram os discípulos (At
5.41; 15.26; 21.13). Esta teoria falha em fazer justiça ao exame e pronunciamento dos soldados
romanos de que Jesus estava morto (Mt 27.54; Jo 19.32,33). Os discípulos roubaram o corpo de Jesus Seus discípulos roubaram o seu corpo da sepultura e o esconderam em algum lugar. Esta
opinião falha em explicar que, para os discípulos irem roubar o corpo de Jesus, eles teriam que
enfrentar a guarda romana (Mt 27.64-66), o que eles não estavam dispostos a fazer, pois após a
morte de Cristo, ficaram trancafiados com medo de terem a mesma sorte que o seu líder
(Jo 16.32; 20.19,26).

A Teoria da Alucinação

Os discípulos apenas pensaram ter visto Jesus. Uma variação disto é a teoria da razão
histórica de Richard Niebuhr, de que os discípulos tinham uma lembrança histórica tao vivida de
Cristo, que pensavam e falavam dEle como se Ele estivesse vivo. Esta teoria falha em levar em
conta o fato de que eles sentiram suas mãos e seus pés, falaram com ele, e comeram com ele (Lc
24.42,43).

IV – TRÊS VERDADES ACERCA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

4.1. Sua ressurreição foi real. Os soldados designados para guardarem o seu corpo atestaram a ressurreição de Cristo (Mt 28.11);

as mulheres que foram visitar o seu corpo (Mt 28.9,10); 

foi visto por Cefas (I Co 15.5),

pelos apóstolos (I Co 15.5),

por mais de quinhentos irmãos (I Co 15.6); 

por Tiago (I Co 15.7);

também por Paulo (I Co 15.8; At 9.4,5).

4.2. Sua ressurreição foi corporal. A Bíblia demonstra que a ressurreição de Jesus foi corporal, pois depois da mesma, Ele afirmou que tinha carne e ossos (Lc 24.39); aos discípulos ele mostrou os sinais dos cravos em seu corpo e também da lança que furou o seu lado (Jo 20.27); e as mulheres ao encontrá-lo na manhã da ressurreição, abraçaram-lhe os pés (Mt 28.9); e ainda comeu na presença dos seus discípulos (Lc 24.41,42).

4.3. Sua ressurreição foi singular. As ressurreições que ocorreram tanto no AT quanto no NT foram temporárias (1 Rs 17.17,24; 2 Rs 4.17-27; Mc 5.22-43; Jo 11; At 9.36-43; 20.7,12), indiscutivelmente estas pessoas morreram novamente. Porém, quanto a Cristo Jesus, ele ressuscitou e está vivo agora e para todo o sempre (Rm 6.9,10; 2 Tm 1.10; Ap 1.18).

V – A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO PARA A NOSSA PREGAÇÃO

5.1 A ressurreição de Jesus faz dele um homem incomparável. “Um líder de um certo segmento fazer discípulos e depois morrer como um mártir não é nenhuma novidade. Mas Cristo Jesus — além de não ter morrido como mártir, pois entregou o seu espírito voluntariamente a Deus, ressuscitou dentre os mortos, demonstrando o seu supremo poder pessoal” (SILVA, 2008, p. 161 – acréscimo nosso).

5.2 A ressurreição de Jesus faz do cristianismo uma religião incomparável. Diferente de outras religiões cujos fundadores encontram-se sepultados, o cristianismo tem o seu fundador ressurreto ao lado do Pai nas alturas (At 7.56; Ef 1.20; Hb 1.3; 8.1).

5.3 A ressurreição de Jesus nos dá uma mensagem incomparável. Nenhuma boa nova os cristãos teriam para contar as nações se o seu guia espiritual permanecesse morto. Todavia, a ressurreição de Jesus outorga aos seus seguidores ousadia para anunciar a sua mensagem, contando com a sua cooperação por meio de sinais que se seguem (Mc 16.17-20).

CONCLUSÃO
A ressurreição de Cristo causou um impacto na vida dos apóstolos, dos discípulos, de todo o mundo do primeiro século até os dias atuais. Este fato, apesar de sofrer várias críticas pelos céticos do passado e do presente, permaneceu como uma verdade inabalável que consiste na base do cristianismo, pois é a garantia da nossa salvação e da ressurreição dos que em Cristo dormem.


Fonte : Rede Brasil de Comunicação - Lição de EBD

Salmo, O Hinário Oficial de Israel



Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores.
Salmos 47:6


VERDADE PRÁTICA 

Através dos salmos, o crente fiel aproxima-se de DEUS, louvando e glorificado-lhe o santo nome, e adentrando ao trono da graça.

LEITURA DIÁRIA 

Apresentemo-nos a DEUS com louvores - Sl 95.2

Cantai-lhe, Cantai-lhe salmos - Sl 105.2

Cada um de vós tem salmos - 1 Co 14.26

Falando com salmos, hinos e cânticos espirituais - Ef 5.19

Admoestando com salmos, hinos e cânticos espirituais - Cl 3.16

Cantai ao Senhor, vós, seus santos - Sl 30.4

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Assim, cantarei salmo ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia - Salmos 61.8

Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos - Salmos 95.2

Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; falai de todas as suas maravilhas. - Salmos 105.2

Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem  interpretação. Faça-se tudo para edificação.  - 1 Corintios 14.26

A Palavra de CRISTO habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. - Colossenses 3.16

COMENTÁRIO 

Não há livro na Bíblia que atraia mais as pessoas que os Salmos. Embora escritos como hinário oficial de Israel, os Salmos alcançaram a todos os povos com sua mensagem de louvor, de adoração, de gratidão, de esperança e de salvação. Começaremos com uma visão panorâmica de dos Salmos.


1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO LIVRO DE SALMOS

1. Títulos e nomes :

a) O Vocábulo Salmos : A palavra Salmos tem origem na tradução do A.T hebreu  para o grego, ano 200 a.C., feita por 70 sábios - a septuaginta ( LXX ). Nesta versão, os Salmos recebem o título de Psalmói: cânticos entoados com o acompanhamento de instrumento de cordas.

A vulgata, tradução latina da Bíblia feita por Jerônimo, denominou os Salmos de Liber Salmorum.
No hebraico, o termo que corresponde a salmos é Tehillim: Louvores ou Cânticos de Louvor.

b) Saltério : O Livro de Salmos também é chamada Saltério. Este termo vem da palavra grega Psâlterion. È o nome de um instrumento musical que, no A.T, já era bem conhecido ( Sl 33.2 ; Sl 108.2 ; 144.9 ).

2) Datas e Autoria 

a) Período:  Os salmos, segundo os estudiosos, foram escritos no período que vai de 1500 a 450 a.C. Ou seja: durante mil Anos aproximadamente.

b) Autoria : Diversos foram os autores dos Salmos. O mais destacado foi Davi, rei de Israel, chamado apropriadamente de "o suave em salmos de Israel " ( 2 Sm 23.1 ).

Os Salmistas, cujos nomes são mencionados na Bíblia, são os seguintes :

DAVI : escreveu 73 Salmos ( quase metade do Saltério );
ASAFE : escreveu 12 salmos ( 50, 73-83 );
FILHOS DE CORÉ : 11 Salmos ( 42-49; 84-85 ; 87-88 );
SALOMÃO : escreveu 2 Salmos ( 72 e 127 );
MOISÉS : escreveu 1 Salmo ( 90 )
ETÃ : escreveu 1 ( 89 )
Mais de 50 Salmos foram escritos por autores desconhecidos.

2. ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO 

1. Divisão em Livros :  Os 150 salmos são organizadas didaticamente em cinco livros. Cada um desses livros termina com uma doxologia, ou "enunciação de louvor e invocação a DEUS".
Livro I - do salmo 1 ao 41 ; Livro II - do Salmo 42 ao 72 ; Livro III - do Salmo 73 ao 89 ; Livro IV - do salmo 90 ao 106 e Livro V - do Salmo 107 ao 150.

2. Classificação dos Santos: 

Conforme a Bíblia de Estudo Pentecostal, os salmos podem ser classificados nos seguintes temas :

a) Cânticos de Aleluia ou de Louvor :  Engrandecem o nome, a bondade, a grandeza, a majestade e a salvação de DEUS. Sl 8 , 34 , 103 , 115 , 145 , 150.

b) Cânticos de Ação de Graças :  Reconhecem o socorro e o livramente divinos. Sl 18 , 34 , 100 , 126 , 138.
c) Salmos de Oração e Súplicas. Incluem lamentos e petições diante de DEUS. Sl 3 , 6 , 54 , 90 , 141 e 143.

d) Salmos Penitenciais:  Tratam da confissão de pecados. Sl 32 , 38 , 51 , 130.

e) Cânticos da História da Bíblia:   Narram como DEUS se relacionou com Israel ao longo de sua história. Sl 78 , 105, 108, 126 e 137.

f) Salmos da Majestade Divina :    Declaram a soberania de DEUS. Sl 24 , 47, 93 e 96.

g) Cânticos Litúrgicos  :  Usados em eventos  ou festas especiais em Israel. Sl 15 , 24 , 45 e 68.

h) Salmos de Confiança e Devoção :   Expressam confiança e devoção  a DEUS. Sl 11 , 16 , 23 , 27 , 40 , 46, 131 e 139.

i) Cânticos de Romagem :   Também chamados "Cânticos de Sião" ou "Cânticos dos Degraus". Eram entoados pelos peregrinos, a caminho de Jerusalém, para celebrarem as festas anuais. Sl 43 , 46 , 48 , 76, 84, 120-134.

j) Cânticos da Criação :    Referem-se ao poder criador de DEUS e suas obras . Sl 8 , 19 , 33, 65 e 104.

l) Salmos Sapienciais e Didáticos :   Revelam a sabedoria de DEUS. Sl 1 , 34 , 37 , 112, 119 e 133.

m) Salmos Régios ou Messiânicos :   Descrevem certas experiências dos reis Davi e Salomão, com significado profético, prefigurando a vinda do Messias. Sl 2 , 16 , 22, 41 , 72 , 102 , 110 e 118.

n) Salmos Imprecatórios :  Invocam maldição, ou vingança, sobre os inimigos de DEUS e de seu povo. Sl 7, 35 , 58 , 59 , 109 e 137.

3. Caracteristicas especiais dos Salmos : A Poesia hebraica não tem rima e pouco se preocupa com a métrica. Os salmos têm os seguintes elementos básicos:

a) Ritmo :   Trata-se da repetição harmoniosa dos sons. Quando lemos : " Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre. Louvai ao DEUS dos deuses, porque a sua benignidade é para sempre" ( Sl 136.1-2 ), percebemos o subir e o descer da voz, numa harmonia bem caracteristicas.

b) Paralelismo : È o elemento indicativo do "equilibrio de forma e sentido".   A idéia é apresentada pelo salmista, e, em seguida, é repetida, gerando um contraste. Os principais paralelismo no saltério são os seguintes:

Paralelismo Sinônimo : Ocorre quando a segunda linha do salmo repete a primeira com palavras um pouco diferentes. "Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite " (Sl 1.2 )

Paralelismo Antitético :  A Segunda linha faz contraste com a primeira. "Porque o Senhor conhece o caminho  dos justos mas o caminha dos ímpios perecerá ( Sl 1.6 )

Paralelismo Sintético :  A segunda linha do salmo complementa a primeira, enriquecendo o pensamento original. "Senhor, meu DEUS, em ti confio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me" ( Sl 7.1 ).

Obs: Os destaques foram feitos pelo comentador para fins didáticos.

c) Termos técnicos e títulos descritivos 

Selá : Este vocábulo ocorre 71 vezes, principalmente entre os livros I a III. Para alguns autores, trata-se de um sinal para mundança no acompanhamento musical, ou para aumentar o som dos instrumentos ou das vozes.

Higaiom : Como aparece nos salmos 9.6  ; 19.4 ; 92.3 , parece indicar uma pausa para meditação ou de diminuição na altura dos sons dos intrusmentos.

Mictão : Nãos se sabe o sentido exato desta palavra, mas parece indicar um salmo de lamentação e arrependimentos ( 56 - 60 ).

Para Jedutum ( Yedutum ) : Conforme usado nos salmos 39 , 62 e 77, inndica confissão.
Masquil : Poesia com finalidade de meditação ou ensino ( Sl 32 , 42 , 44, 54 ).

3. FINALIDADES DOS SALMOS.

1. Devocional : No seu sentido original, os salmos foram destinados á adoração a Jeová através de orações cantadas com acompanhamento de instrumentos musicais.

2. Cultual :  Na páscoa, na Festa das Tabernáculos e na Festa da Colheita, os Salmos dos Degraus, do 120 ao 134, eram os mais usados. Segundo Davidson, " eram habitualmente entoados por um coro de levitas, de pé, nos quinze degraus que ligavam os dois pátios do Templo" ( Novo Comentário da Bíblia ).  O Salmo 130 era muito usado em ocasiões de penitência como, por exemplo, no Dia da Expiação. Os Salmos 92 a 100 era eminentemente sabáticos. Além disso, os judeus tinham, em cada dia da semana, um salmo habitual.

4. SALMOS, UM LIVRO PARA TODAS AS ÉPOCAS

1. No Antigo Testamento :  Houve momentos, no AT, em que o louvor era tão profundo, que as pessoas não podiam ficar em pé, como na ocasião em que a Arca foi levada da Tenda da Congregação para o Santo Templo em Jerusalém ( 2 Cr 5.5-9 ). Uma nuvem encheu a casa, e os sacerdotes não podiam ministrar, pois achavam-se envolvidos pela glória e pelo poder de DEUS ( 2 Cr 5.13-14 ). Eles entoavam o salmo que diz: "o Senhor é bom e a sua benignidade dura para sempre " (  Sl 136.1 ).

2. No Novo Testamento :  No N.T, há nada menos que 186 citações dos Salmos. Uma lista extensa poderia ser incluída, enumerando os salmos citados no NT. Apenas para efeito de informação, anotamos os seguintes :

Salmos   2.7 -  ( At 13.33 ; Hb 5.5 )
Salmos 4.4  - ( Ef 4.26 )
Salmos 22.1 - ( Mt 27.46 ; Mc 15.34 );
Salmo 40.6-8  ( Hb 10. 5-7 )

3. Para os crentes de hoje :  Os cristãos descobriram, ao longo dos séculos, que, no Livro dos Salmos, podem encontrar mensagens de conforto, de paz, de encorajamento, de segurança, de socorro, de amor, de salvação. Todas mui apropriadas para as mais diversas ocasiões da vida.
Dos 150 salmos, há aqueles cuja predilação é inegável. Não se pode negar que o Salmo 23 é um dos mais populares. De igual modo, podemos citar os de números 34 , 37, 40, 46, 91, 121, apreciados até mesmo por não-evangélicas.

CONCLUSÃO 
Os Salmos são execelente recurso para oração. Muitas vezes, sem o percebemos, passamos a nos dirigir a DEUS em orações rotineiras e repetitivas. Fazendo uso dos salmos, aplicando-os ás nossas necessidades, podemos orar de modo significativo, sob a unção do ESPÍRITO SANTO que, em última instância, é o inspirador e autor-maior dos Salmos.

Fonte : Lição da EBD ( 1997 ) - Salmos , A Lira de Israel na devoção do homem moderno

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Joel, O Profeta do Pentecoste






" Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. "
1 João 1:9

VERDADE PRÁTICA : O derramamento do ESPÍRITO SANTO é uma consequência natural de uma conversão verdadeira e plena ao Senhor.

LEITURA DIÁRIA 

Assolação e Lamento - Jl 1.4-13

O Anuncio do Juízo - Jl 2.1-11

Convite ao arrependimento - Jl 2.12

Promessas de Abundância de víveres - Jl 2.18-27

Promessas do derramento do ESPÍRITO - Jl 2.28

Promessa de restauração de Israel - Jl 3.16-21

TEXTO BÍBLICO BÁSICO 

" E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.
O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar."

Joel 2:28-32



COMENTARIO

INTRODUÇÃO

   A presente lição enfoca um dos mais interessantes profetas hebreus : Joel, cujo nome significa : "Jeová é DEUS". Por que dissemos que ele é um dos mais interessantes profetas hebreus ? Porque Joel preconizou o derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre toda a carne, isto é, sobre todos. Esta profecia teve o seu parcial cumprimento no Dia de Pentecoste ( At . 2.1-33 ).

1. A PRAGA DOS GAFANHOTOS E O DIA DO SENHOR 

A Bíblia fala dos gafanhotos, em diversas passagens, como elemento destruidor, e que foi uma da dez pragas derramadas sobre o Egito ( Ex 10.4-6 ), enquanto Faraó permanecia oprimindo os hebreus. Os gafanhotos, em sua missão devastadora, formam grandes nuvens que ofuscam a luz do sol e devoram toda a vegetação que encontram, deixando no seu rastro a fome e a morte entre humanos e animais. Semelhante praga é usada, aqui, como tipo de um juízo mais terrível contra os ímpios, no dia do Senhor.

1. A devastação pelos gafanhotos ( Jl 1.2-7 ): O termo hebraico mai usado aqui para descrever gafanhoto é arbeh, que significa o "destruidor". O profeta no (v.4) apresenta quatro diferentes espécies  ou estágios, na sua metamorfose. A praga das lacustas contra Israel foi fato real, e acontecimentos semelhantes eram comuns, ocasionados pelos enxame de milhões de gafanhotos que emigravam da Arábia para a Palestina, levados pelo vento do deserto. A destruição foi tão grande que o profeta chama a atenção dos anciões (v.2) os quais pela vivência dos anos podem recorrer á memória e responder-lhe ( Dt 32.7 ; Jó 32.7 ) Embora a resposta esteja implícita, ele concita os anciãos e admoestarem o povo sobre a severidade do castigo, incitando-o a temer a DEUS ( Sl 76.6-8; Ex 13.8 Js 4.7 ) .

2. Invasão como um tipo ( 1.8-12 )  A Profecia discerne a invasão das lacustas como tipo de iminente invasão assíria que destruíria o Reino de Israel. A praga é um prenúncio da devastação que sofreriam por esses inimigos. Joel, numa antevisão, fala de um juízo vindouro mais terrível nos últimos dias, sobre toda a terra ( Ap 9.1-11 ). As consequências da devastação foram tão desastrosas que é comparada a condição de uma virgem que enviúva antes de coabitar com seu marido. A situação dos lavradores e vinhateiros é lamentável. A locusta devorou tudo, o campo secou. Os sacerdotes ficaram entristecidos, porque as ofertas de manjares e os sacrifícios diários não poderiam ser oferecidos ao SENHOR, pois tudo foi consumido pela praga. A situação era desesperadora! Não obstante, tudo isso fora apenas o aviso de uma assolação mais terrível que virá no dia do SENHOR, para aqueles que não se converterem ao SENHOR.

3. O Clamor dos Sacerdotes ( 1.13-20 )  Os sacerdotes estão tristes (v.9), pois, sem colheita, nada têm para oferecer a Jeová a quem ministram. Nesse clima e total depressão e lamentações, ouve-se o clamor do profeta convocando-os para uma reunião solene na casa do SENHOR, com santificação e jejum. Joel conclama a todos para supliquem a misericórdia divina, afim de que o SENHOR  faça cessar tão nefasta praga ( 1 Sm 7.5-6 ; 2 Cro 20.3-13 ). Que exemplo a ser imitado por todos os líderes, pastores e obreiros de um modo geral; principalmente os que ensinam a Palavra de DEUS na EBD. Nossa responsabilidade é levar os nossos liderados a uma vida de santificação e adoração ao SENHOR na beleza da sua santidade. Infelizmente, algumas vezes, deparamo-nos com o povo sendo convocado para reuniões onde não existe adoração genuína ao SENHOR.

4. O Dia do SENHOR ( 2.1-11). O Livro de Joel, com 3 capítulos e 73 versículos, tem atraído a atenção dos estudiosos pela beleza poética que a sua mensagem apresenta, ao ilustrar com o fenômeno natural dos gafanhotos os fatos sobrenaturais do Dia do SENHOR, tornando-se assim um importantíssimo precursor da literatura apocalíptica. " Tocai a buzina ...." ( v.21 ), ou " Trombeta " Trata-se de um instrumento musical mencionado com frequência no A.T, utilizado para indicar os acontecimentos religiosos ou milagres e para reunir o povo ( Nm 10.1-10 ). De acordo com as instruções divinas, somente os sacerdotes podiam executá-las.
No N.T a trombeta aparece relacionada á segunda vinda de CRISTO ( Mt 24.31 ; 1 Co 15.52 ; 1 Ts 4.16 ), e com a série de sete acontecimentos escatológicos ( Ap 8.2-13 ; 9.1,13 ; 11.15 ). A ordem dada para tocar a trombeta significa uma advertência de perigo iminente ( Am 3.6 ; Ez 33.3-6 ).

È chegado o momento de despertar do indiferentismo. O quadro apresentado de nuvens e de trevas espessas ( v.2 ), que interceptam os raios do Sol, e com mais detalhes apresentados nos  v. 3 - 11, finaliza com a pergunta : " Quem poderá sofrer ou suportar o Dia do Senhor ?" Ao chegar o Dia do Senhor, Ele virá com um exército superior aos dos gafanhotos, pois as Escrituras chamam-no " O Senhor dos Exércitos " , trazendo castigo muitas vezes maior. Quem poderá resistir ? Ninguém! Somente os que se refugiaram em CRISTO  não sofrerão os males desse terrível dia.

2. A CHAMADA DO POVO ARREPENDIMENTO 

O Profeta revela a misericóridia de DEUS, e convida o povo a entrar pelo caminho do arrependimento , a fim de escaparem do juízo divino ( 2 Pe 3.9 ).

1. Apelo ao arrependimento ( 2.12-14 ) :  È DEUS quem faz o convite ao homem para o arrependimento . E quando este aceita o convite, sempre recebe o perdão divino. O Grande Evangelista Carlos Finney do século passado assim definiu o arrependimento: " Mudança de atitude e a mudança da vontade, envolvendo tristeza, segundo DEUS, e a forte resolução de nunca mais praticar aquilo que antes praticava". Só através do arrependimento e da fé no Senhor JESUS CRISTO, mediante a graças de DEUS, a pessoa se salva. O verdadeiro arrependiimento é produzido por DEUS ( At 5.31 ). Eis o apelo do profeta: "Rasgai o vosso coração ..." O Arrependimento sincero começa no interior  e torna-se conhecido através do exterior quando o pecado é abandonado.

2. O Proposito do Arrependimento ( 2.15-17 ) :  Uma nova ordem é dada pelo : " Tocai a buzina ..." , cuja finalidade seria de reunir toda a nação. Ninguém seria dispensado ( 2 Cr 20.13), nem mesmos os noivos que estavam isentos dos deveres públicos pelo período de um ano ( Dt 24.5 ). Assim como o pecado atingiu a todos, o profeta exige que todos se arrependam para novamente desfrutarem das bênçãos de DEUS ( Rm 2.4 ) O Não cumprimento da ordem do profeta levaria a nação a permanecer sobre a praga dos gafanhotos, que  devastariam toda a lavoura , deixando o povo na fome  e na miséria toral. Os povos pagãos zombariam do DEUS vivo,  e numa atitude de desprezo perguntariam: "Onde está o seu DEUS " ( Sl 79.10 ; 115.2-3 ). 

3. Promessas de Libertação (2. 18-19 ) :  Como resultado de arrependimento a nação seria perdoada ( At 5.31 ); seria salva da destruição dos gafanhotos ( At 17.30-31 ); teria uma nova vida ( 2 Co 5.17 ), e viveria alegre, uma vez que a misericórdia divina viria sobre toda a nação. Nessas condições, DEUS promete ao povo alivio imediato de suas tribulações . Homens e Mulheres arrependidos se constituem na materia prima de que se serve ao ESPIRITO DE DEUS,  para transforma-lo em poderosos instrumentos em sua obra.

3. A ESPERANÇA DE BÊNÇÃOS FUTURAS 

Tendo o povo reagido de uma maneira favorável ao apelo do profeta, alcançou  o perdão divino. Assim, a esperança em DEUS, que é fiel, retorna ao coração do povo e suas forças são renovadas ( Is 40.31 ). Prezado leitor, se tua esperança está sendo abalada, renova-a, pois a esperança do crente fiel jamais será decepicionada  ( Pv 14.32b ;  Jr 17.7 ; Sl 146.5 ). Glória a DEUS !

1. Destruição do exército Norte ( 2.20 ) : O exercito de ganfanhotos será removido , pelo vento, para o Mar Vermelho e o Mediterrâneo. Os insetos serão mortos, ocasionando um mau cheiro insuportavél.

Por ocasião da Grande Tribulação, Israel será atacado pelos exércitos do AntiCristo, tipificados pelo gafanhotos. Então virá em seu socorro o Senhor JESUS CRISTO, que tratá vitória para sempre ao seu povo. Nesta ocasião, o remanescente de Israel irá aclamá-lo e recebê-lo  como o seu Messias.  Israel não será consumido  como desejam os seus inimigos. Do Senhor virá a vitória ( Sl 18.50 ; 1 Co 15.57 ).

2. Renovo Espiritual e Bênçoes Materiais ( 2.21-27 ) :  Neste versículos, o profeta  faz uma convocação diferente das anteriores. Exorta o povo a lançar fora o termor, e a regozijar-se em DEUS, pois toda vegetação será renovada e o gado salvo, e será abundante a colheita, porque do céu receberão chuvas para fertilidade  da terra e para amadurecimento dos frutos. Que confiança ! Agradecem pelas bênçãos materiais que são importantes, mas de maior significado, sem dúvida, são espirituais, pois todos abandonaram os deuses que no passado  os seduziram e nada fizeram em seu favor, só lhes aumentando o fardo de derrotas. Israel agora invoca e cultua a Jeová ( Mq 5.4 ; Is 45.5-6,18).

3. A Vinda do Espirito Santo ( 2.28-32 ) :  Vários profetas foram usados por DEUS para predizerem detalhes do nascimento, da vida, do ministério, do sofrimento, da morte e da ressurreição do SENHOR, do seu retorno e futuro reino. Mas ao profeta Joel foi dado o privilégio de profetizar que DEUS derramaria o Seu ESPIRITO sobre toda a carne. E no pentecoste teve ínicio uma nova dispensação neste mundo: a inauguração da Igreja de CRISTO e a presença real do ESPÍRITO SANTO com os crentes, numa atividade permanente, diferente das dispensações anteriores, quando o Espírito ministrava usando apenas umas poucas pessoas. Hoje, Ele está com a Igreja. Nas suas múltiplas atividades no crente, mencionaremos apenas algumas, por ser limitado o nosso espaço.

O Espírito nos ajuda em nossas fraquezas  - Rm 8.26

O Espírito guia em toda a verdade  - Jo 16.13

O Espírito Unge o Crente  - 1 Jo 2.20 

O Espírito Livra da lei do pecado   - Rm 8.2 

O Espirito Sela o Crente - Ef 4.30 

O Espirito reparte esperança - Rm 15.13 

O Espirito encoraja o crente   -  At 4.31 

4. O Batismo com o ESPÍRITO SANTO ( 2.28 ; At 1.5 ) :  Entre as preciosas experiências da vida cristã, o batismo com o ESPÍRITO SANTO é sem dúvida a  mais importante. Ele foi prometido, inicialmente, 1.000 anos a.C, através de Salomão ( Pv 1.23 ) Aproximadamente 3 séculos mais tarde, Isaías e o profeta Joel voltaram a enfatizar a mesma mensagem profetica. O último profeta a reiterar tão maravilhosa promessa foi João Batista, o precursor de CRISTO ( Mt 3.11 ).

4. CONCLUSÃO 
Estamos em plena década da colheita e os ventos do ESPÍRITO SANTO estão soprando sobre a Noiva do Cordeiro, com a finalidade de mantê-la despertada para o auspicioso momento do arrebatamento. O maior desafio que a Igreja enfrenta, hoje, traduz-se em uma pergunta: como conservar a plenitude do ESPÍRITO SANTO, e o poder que dela resulta, em dias tão dificeis, como os que estamos vivendo ?

Buscando uma constante renovação  - At 4.31
O Sopro renovador do ESPÍRITO permiti-nos viver sempre renovados, como disse o profeta Jeremias ( Lm 5.21 )

Mantendo os padrões de santidade  - 1 Pe 1.7-8

Cultivando uma vida de Oração  - Tg 5.17 

- Desejo que esse texto aqui escrito seja pra o amigo de leitor de grande valia tanto para o Conhecimento e pra o lado Espiritual pra nossas vidas pois muito que Precisamos.
Paz do Senhor ! - Mizaquiel J. A -

Fonte : Lições Biblicas Maturidade Cristã de 1993 ( Comentarista : Adilson Faria Soares )

terça-feira, 16 de junho de 2015

A Fidelidade, conforme Provérbios de Salomão





"Provérbios" apresenta a fidelidade como jóia de uso de diário, precioso colar.
   " Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração." ( Provérbios 3:3 ). È uma virtude de que se dá testemunho público, que se pratica aos olhos de todos, para ser vista e conhecida por todos.
    È grande ventura ser considerado pessoa que não falha, com quem se pode contar. Como nos arrependemos de não ter cumprido nossas! Como a memória nos acusa de termos estado ausentes, quando a presença era um dever !
         "Não pude chegar na hora"  - eis uma alegação muito repetida. Entretanto, quem a repete tem o hábito de atrasar-se e tomar o último trem ou o último ônibus. O Resultado é que uma vez por outra falta á congregação. È notavél como as pessoas que moram mais perto são geralmente as últimas a chegar. Justamente porque os que moram longe tomam as providências para comparecerem á hora. Falta de pontualidade é falta de fidelidade.
     Declaramos-nos servos do Senhor, prontos a obedecer-lhe. Examinemo-nos á luz dessa declaração ! - Podem os outros contar conosco seriamente ? não faltemos nunca aos compromissos tomados? Se faltamos, somos servos infiéis, porque o modo de provar a nossa fidelidade ao Senhor é sermos exatos e cumpridores de dever para com os nossos semelhantes.

"Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal." ( Provérbios 4:27 ).
A fidelidade nos conserva no caminho reto, evita os desvios para um lado ou para o outro. Nem violência nem moleza, nem frenesi nem preguiça. Todo excesso é um mal. Para conservar na vida o passo igual e a marcha segura, precisarmos, primeiro, dominar os impulsos e, depois, submeter á críticar todos os nossos atos.
      Sucede, entretanto, que nem sempre alcançarmos tal domínio ou conseguimos ver claro. Então o Senhor nos fala pela boca de um amigo que nos adverte. Devemos, pois, aceitar como um bem a repreensão que visa corrigir os nossos excessos ou desvios. "Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará." Provérbios 9:8 ).


" O que prega a maldade cai no mal, mas o embaixador fiel é saúde." ( Provérbios 13:17 ), isto é, aquele que cumpre exatamente a missão recebida produz benefícios. Não é facil desempenhar-se de uma incumbência, levando-a até o fim, com o mesmo espírito com que a aceitamos. Ser embaixador fiel é uma das honras que DEUS reserva para os retos de coração. O entusiasmo passageiro pode induzir-nos a tomar tarefas para cujo desempenho se requer mais que o desejo de servir; são necessárias aptidões que nos tornem eficientes.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A Religião, conforme Provérbios de Salomão

       E, por fim, a religião, a reverência da criatura pelo Criador, o reconhecimento do poder supremo do Pai, a cujas leis devemos obedecer. O Sentimento religioso, inato no homem, deve ser esclarecido pelo estudo da Palavra Divina e pela meditação, para torna-se fundamento inabalável da vida, e inspiração constante.
   
    Muitos fazem da religião negócio. Vão á igreja para obterem proteção que os livre do sofrimento. Na sua concepção, DEUS é grão-senhor a quem se adula, para conseguir graças. Toma lá, dá cá.
    Desse parecer, encontrei uma pobre senhora, sozinha, que perdera o marido e a filha moça. " Ah! - dizia ela com a olhar sombrio - "depois que fiquei viúva e minha filha morreu, nunca mais entrei numa igreja. De que me valeu tanta oração ?" .
       
    Esse ânimo de troca e lucro as coisas espirituais impede-nos de compreender o amor desinteressado ao seu Criador. E, apesar de repetirem ou haverem repetido centenas de vezes o Pai-nosso, nunca perceberam o sentido do "seja feita a tua vontade, assim na terra como no Céu".

     Outros colocam-se no extremo oposto, entendendo que a religião é apenas bálsamo, lenitivo, consolo para as lutas e decepções da vida. Recorrem á prece nas horas de desalento, quando e só então, se refugiam em DEUS. Na alegria, nem se lembram dele. Para esses distraído do Céu, a religião, por ser de valor inestimável, está fora de circulação e o seu uso é restrito a casos excepcionais. Semelhante idéia é contrária á Palavra de DEUS.
    O verdadeiro espírito religioso, de que "Provérbios" está impregnado, pondo o homem em comunhão permanente com o Criador, orienta-lhe os passos e o anima, a todos os momentos, como norma viva de ação "O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do Senhor todo dia."  ( Provérbios 23:17 ).

   "Torre forte é o nome do Senhor; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio." ( Provérbios 18:10 ). O Conhecimento de DEUS confere ao homem extraordinária estabilidade. A certeza de que temos um protetor onipotente, um amigo cuja ciência não tem limites e, em toda a sua majestade, está ao alcance do nosso coração, constitui uma fortaleza moral inviolável á qual nos recolhemos e onde nenhum golpe nos pode atingir intimamente.
        
"O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento."  ( Provérbios 15:8 ),  isto é, as oferendas, as contribuições dos maus, visando ás boas graças do Alto, não são aceitas pelo SENHOR. O que lhe agrada são os sentimentos puros, traduzidos em atos.
   As obras ditas de beneficência, as dádivas em dinheiro ou favores, valem segundo o amor que os inspira. As meras exterioridades, de que o coração não participa, são execráveis aos olhos do SENHOR. O que lhe agrada são os sentimentos puros, traduzidos em atos.

       As obras ditas de beneficência, as dádivas em dinheiro ou favores, valem segundo o amor que os inspira. As meras exterioridades, de que o coração não participa, são execráveis aos olhos do SENHOR. È vão todo o bem que se faz aos  outros por Amor  de nós, para benefício nosso, com o secreto fito de conseguir colocação no Céu. Só nos dá galardão o bem que se faz por amor do próximo.

  Por isso escreveu Paulo : "E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria"   ( 1 Coríntios 13:3 ).

O respeito ao superior manifesta-se, antes de tudo, pela obediência. Se, num quartel, o inferior se insurge contra as ordens recebidas, quebrando a disciplina e, depois, vai oferecer um presente ao comandante, todos percebem que ele pretende suborná-lo, para esquivar-se á pena merecida. Pode o comandante aceitar tal presente, que equivale a uma injúria ? - De certo que não. Igualmente, não adianta querer agradar a DEUS com oferendas e orações, enquanto a nossa vida estiver em desacordo com os seus mandamentos. Na parábola dos dois filhos ( Mt 21.28), fez a vontade do pai aquele que foi trabalhar na vinha, embora tivesse dito que não iria; não aquele promete ir e não foi.


"Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder."
1 Coríntios 4:20

"Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares." ( Provérbios 3:9,10 ).

  Repartir com os necessitados os nossos ganhos é obrigação nossa, dos crentes. Cumprindo-a, estaremos reconhecendo, pela sistemática obediência, a autoridade divina.
  Esta é a obrigação do dízimo, tão indiscutível, que até o fariseu se orgulhava de estar em dia com ela (Lc 18.12 ). Separe-se mensalmente a décima parte de todos os valores de nossa propriedade, que nos vêm ás mãos, salário ou rendimentos, a fim de fazer o que manda a Palavra de DEUS em Malaquias

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro[ á igreja ] , para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes."

Malaquias 3:10

Esse hábito, longe de desfalcar os nossos haveres, restaura o equilíbrio das finanças e atrai bênçãos.
Alguns crentes acham excessivo começar pelo dízimo. Prefeririam taxa mais módica ... Veja bem ! por ele não começarmos, talvez terminaremos nem sequer o dízimo dando !

 Não quer isto dizer que devamos distribuir só e apenas o dízimo. Este é o limite mínimo da nossa liberalidade. Para o cristão, é inadmissível dar menos. Os recursos que tiver e o amor de CRISTO lhe marcarão quanto deve repartir. Não somos mais que mordomos ou despenseiros dos bens que a providência nos favorece. Simples guardas e distribuidores deles, havemos de entregá-los de acordo com as ordens do Senhor á igreja a que pertencemos.

"A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores."
Provérbios 10:22

Os valores materiais, moeda, crédito ou mercadoria, postos a serviço de DEUS, como instrumento do bem, multiplicam-se a revertem em prosperidade. E não somente eles, mas todos os outros bens, a saúde, os dotes físicos, a inteligência, a cultura, o conceito social, se valorizam ou depreciam, segundo os colocamos, ou não, sob o controle do SENHOR. A sua bênção enriquece.

 O mal-estar, a depressão interior, têm origem no pecado. Sempre que subtraímos ao olhar do SENHOR algum recanto da nossa alma, sempre que alguma coisa lhe escondemos, e nesse desvão não penetra a luz divina, um desconsolo, nos invade. - Que tristeza é essa, de onde vem, que  não sabemos ? Basta um exame de consciência. Lá encontraremos, envergonhado, o ato mau, a palavra dura, o sentimento mesquinho.
      Lança-te aos pés do Pai e confessa-te; dele virá a força para a purificação. " A benção do Senhor não acrescenta dores".

"Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo."

( Provérbios 15:24 ).

Para cima, até, o Alto. Tão simples. O velho doutor Chalmers estava, como dizem os homens, moribundo. Tinha percorrido este caminho durante longos anos, chegando cada vez mais perto do SENHOR. Nos últimos momentos já não podia falar, mas, ouvindo com atenção a passagem da Bíblia que relata o passamento  de Elias e o carro de fogo que o arrebatou, er-gueu-se  num supremo esforço e disse em voz alta: "siga!" E o carro de DEUS e os seus cavalos levaram-no - sempre na mesma direção, para cima !

A religião conduz para cima, se for a da Palavra de DEUS.

"Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos." ( Provérbios 16:3 ).
Confiantes no auxílio do SENHOR para os nossos trabalhos e empreendimentos, serão estes "feitos em DEUS." E assim não conheceremos hesitações nem dúvidas ao realizá-los. A segurança da proteção divina penetra os nossos pensamentos, consolida-os e fortalece.


"O Alma do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre." ( Provérbios 20:27 ).  È em nossa alma que a luz do SENHOR se reflete. Se por ela estiver iluminada ( Cl 1.27 ), ficaremos tão claros que os outros enxergarão CRISTO dentro nós. Transparentes, poderemos iluminar os que nos rodeiam. É a luz dentro da lanterna, e não a lanterna que ilumina.

O Livro de Provérbios nos encaminha para contemplarmos a glória de DEUS refletida na face de JESUS CRISTO. E eterna como é, a luz divina para sempre nos guiará, até o dia em que o Sol da Justiça há de levantar-se e "a terra será cheia do conhecimento da glória do SENHOR como as águas cobrem o mar".

"Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar." Habacuque 2:14

Fonte : O Livro Os Provérbios de Salomão - E.Percy Ellis CPAD ( Pag´s 70-74 )