quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
A VINHA DE NABOTE
I – QUEM ERA NABOTE E COMO ERA A SUA VINHA
A Bíblia nos dá poucas informações a respeito de Nabote, apenas nos diz que ele era um israelita temente a Deus e nos mostra o seu lugar de origem que era Jezreel. Portanto, ele era um jezreelita (I Rs 21.1). O nome próprio de Nabote deriva-se do árabe e quer dizer “rebento” ou “fruto”. A Bíblia nos informa que ele era proprietário de uma vinha. O Aurélio diz que “vinha” é a quantidade mais ou menos considerável de videiras (planta que dá uvas) dispostas aproximadamente entre si. A palavra hebraica para vinha é “kerem”, ela está distribuída ao longo do Antigo Testamento pelo menos 92 vezes. A primeira ocorrência está em (Gn 9.20). Em Israel era comum as pessoas plantarem vinhas, no entanto, a vinha de Nabote tinha características que conforme o relato bíblico a tornavam diferente das demais, vejamos alguns informações detalhadas sobreisso:
1.1 Estava junto ao palácio. Segundo a narrativa bíblica a vinha de Nabote estava localizada num lugar privilegiado, perto do palácio de campo de Acabe, pois o outro palácio ficava em Samaria “E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jezreelita, tinha uma vinha em Jezreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria” (I Re 21.1).
1.2 Estava pronta. Para se cultivar uma vinha era necessário bastante esforço. O profeta Isaías fez uma descrição vívida do trabalho envolvido no preparo, plantio e cultivo de uma vinha (Is 5.1-7). A “vinha” estava localizada nas rampas de uma colina (Is 5.1). A terra era limpa de pedras antes que as mais tenras vinhas fossem plantadas (Is 5.2). Uma torre de vigia provia visibilidade sobre a “vinha” (Is 5.2) e um lagar que é um local para esmagar as uvas que eram talhados de uma pedra (Is 5.2). Quanto todos os preparativos haviam sido feitos, a “vinha” estava pronta e em alguns anos esperava-se que produzisse frutos. Enquanto isso, a vinha exigia poda regular (Lv 25.3,4). As “vinhas” se localizavam principalmente na região montanhosa e nos montes mais baixos. A Bíblia menciona a “vinha” em Timna (Jz 14.5), Jezreel (I Rs 21.1) e até em En-Gedi (Ct 1.14).
1.3 Tinha valor. Para Nabote sua vinha tinha um valor significativo, que ultrapassava o dinheiro e até mesmo a troca por outra vinha melhor (I Rs 21.2), visto que a recebera como herança dos seus pais, como ele mesmo professa “Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais” (I Re 21.3). O Aurélio diz que herança é “bem, direito ou obrigação transmitidos por via de sucessão ou por disposição testamentária”. A vinha, no entanto, não era propriedade (herança) particular de Nabote, mas de sua parentela. É possível que Nabote fosse o homem mais velho da família ou aquele
que cultivava a terra, mas nem por isso, podia tomar sozinho a decisão de trocar ou vender a propriedade. Ademais, a lei de Israel estabelecia que a herança não podia ser vendida, pois era considerado um dever manter em família a terra de seus ancestrais (Lv 25.25-28; Nm 27.1-11; Nm 36.7-9). Em casos de pobreza extrema, as propriedades podiam ser arrendadas, mas deviam ser devolvidas ao proprietário no ano do Jubileu (Lv 25.10,13,28).
II – A COBIÇA E OS MALES QUE A ACOMPANHAM
A Bíblia nos mostra que os pecados de Acabe não se resumiram ao casamento pagão e a idolatria. Este rei perverso também cometia injustiças sociais. Acabe cobiçou a vinha de Nabote e intentou adquiri-la. A palavra “cobiçar” no hebraico “epithumeõ” significa, “fixar o desejo em” (formado de epi, “sobre”, usado intensivamente, e thumos, “paixão”), quer de coisas boas ou ruins, por conseguinte, “almejar, desejar ardentemente, ambicionar”, é usado em (At 20.33) com o significado de “desejar mal”, acerca de “desejar dinheiro e vestuário”.
2.1 A cobiça a luz do Antigo Testamento. A Lei de Moisés condenava esse pecado, que aparece descrito no Decálogo (Dez mandamentos) “Não cobiçarás” (Êx 20.17). O texto deixa claro que coisa alguma pertencente a outrem, deve ser desejado. Foi motivado pela cobiça, que Acabe tentou adquirir as terras de Nabote a dinheiro ou em troca de um vinhedo melhor (I Rs 21.2). Mas, como já vimos, Nabote recusou-se negociar, sob a alegação de que aquelas terras faziam parte da herança da sua família
(I Rs 21.3). Acabe, embora com relutância e tristeza, já se dispunha a aceitar a decisão de Nabote (I Rs 21.4). No entanto, Jezabel sua ímpia esposa, não concordou com isso (I Rs 21.5-7). Por isso dispôs-se junto ao seu marido, realizar uma estratégia diabólica para apropriar-se da vinha de Nabote. A cerca da influência de Jezabel sobre Acabe o escritor sagrado nos diz: “Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do SENHOR; porque Jezabel, sua mulher, o incitava” (I Rs 21.25).
2.2 A cobiça e seus males. Quase sempre, o desejo desordenado da cobiça provoca alguma ação para que o cobiçoso adquira o que quer, ou para que persiga o possuidor do objeto ou da pessoa cobiçados. O ímpio rei Acabe, é um exemplo clássico da cobiça e seus males. Para resolver a sua frustração de não ter conseguido possuir a vinha de Nabote, a rainha Jezabel escreveu uma carta com o selo do rei (para parecer que a correspondência fosse enviada por ele) aos anciãos e nobres daquela cidade onde Nabote morava. Nesta carta, Jezabel pediu que forjassem acusações contra Nabote (I Rs 21.8-10). Os anciãos transgrediram a lei (Êx 23.1-3), pois arranjaram dois indivíduos de mau caráter, possivelmente comprados pela rainha, acusaram Nabote de blasfêmia, o que seria suficiente para a execução dele (Lv 24.15,16). O terrível plano foi cumprido sem nenhum impedimento. Para que não houvesse dificuldades futuras com a herança de Nabote, ele e seus filhos foram apedrejados (II Rs 9.26). Perceba quais os males que seguiram a cobiça deste casal:
MENTIRA. Os anciãos resolveram atender aos intentos de Jezabel. Como podemos ver sempre há homens prontos a venderem seu testemunho por dinheiro a fim de que sirva aos maus propósitos daqueles que os alugam. “E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara” (I Rs 21.11).
FALSO TESTEMUNHO. O veredito de morte já estava predeterminado, por Jezabel. Mas, era necessário elaborar um falso julgamento com um simples aspecto de justiça, para que, à vista do povo, desse a impressão de ser um julgamento leal, arranjou-se duas testemunhas, conforme pedia a Lei (Dt 17.6,7); mas eram falsas. “E ponde defronte dele dois filhos de Belial, que testemunhem contra ele” (I Rs 21.10-a).
ASSASSINATO. Por fim, a trama culminou na execução de Nabote, pois o levaram para fora da cidade e o apedrejaram. A injustiça estava claramente executada, pois Nabote foi executado por um crime que jamais cometeu “Então mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado, e morreu” (I Rs 21.14).
2.3 A cobiça a luz do Novo Testamento. A cobiça é alistada entre os pecados destacados por Paulo (Ef 4.19). Aparece na lista dos vícios dos povos pagãos (Rm 1.29). Apesar de não ser especificamente alistada entre as obras da carne (Gl 5.19-21), a cobiça é uma das causas de várias obras carnais, como o adultério, o ódio, as dissensões, etc., devendo ser incluída entre as “tais coisas” que Paulo mencionou, e que não permitem que uma pessoa chegue ao reino de Deus “...que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl 5.21).
III – A MENSAGEM DE JUSTIÇA DO PROFETA ELIAS
Em vez de se contrapor a Jezabel que havia utilizado de sua autoridade, transgredindo a lei e ordenando a execução do de Nabote e sua família, o rei Acabe consentiu com os injustos atos de sua perversa esposa, a fim de apossar-se do objeto da sua cobiça, a vinha de Nabote, o que fez logo em seguida “E sucedeu que, ouvindo Acabe, que Nabote já era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para tomar posse dela” (I Rs 21.16). Todavia o que o casal tramara em oculto, o Deus de Israel estava para revelar. A Bíblia diz que o Senhor enviou o profeta Elias novamente para confrontar Acabe,
dessa vez na vinha de Nabote (I Rs 21.17,18). O rei já havia recebido uma palavra de sentença de morte de um profeta desconhecido “a tua vida será em lugar da sua vida” (I Rs 20.42); também do profeta Micaías “...se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim” (I Rs 22.28); e por conseguinte por meio do profeta Elias que anunciou que Acabe morreria e que aconteceria com o seu corpo o mesmo que aconteceu com o de Nabote “No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote lamberão também o teu próprio sangue” (I Rs 21.19-b) e ainda acrescentou o castigo a cerca da sua mulher e da sua descendência (I Rs 21.23,24). O que aconteceu a seu tempo como fora predito (I Rs 22.34-38; II Rs 9.34-36; II Rs 10.1-10).
IV – COMO DEUS AGE ANTE AS INJUSTIÇAS
A partir da história de Nabote, podemos concluir que Deus não fecha os olhos as injustiças cometidas pelos homens, pois Ele é justo (Rm 1.17; 10.3; Jo 17.25; Sl 116.5; 2 Tm 4.8). A justiça é a santidade de Deus em ação, relativamente aos homens. Na sua justiça, Ele zela pelo cumprimento das suas leis e normas dadas aos homens. Na sua santidade e verdade, Deus não pode revogar a sua própria Palavra, nem a sentença imposta aos transgressores, porque elas são imutáveis como Ele o é, a menos que estes se arrependam e abandonem suas práticas pecaminosas. A justiça de Deus leva o homem, que vive
deliberadamente em pecado, ao juízo divino (Dt 1.17). Quanto as injustiças Ele age com: IMPARCIALIDADE (sem fazer
acepção de pessoas) (Dt 10.17; II Cr 19.7; Rm 2.11; Ap 20.12); JUSTIÇA (Êx 34.7; Nm 14.18; Na 1.3) e MISERICÓRDIA
para aqueles que se arrependem, livrando-os da condenação (Jr 18.7,8; Jn 3.4-10; Jl 2.12-14; At 3.19; 17.31).
CONCLUSÃO
Concluímos dizendo que esta lição nos alerta a termos cuidado com a cobiça. Esse terrível sentimento não pode encontrar guarida no coração do salvo, do contrário poderá conduzi-lo a perdição. Aqueles que enveredam por esse caminho, receberão a devida recompensa, pois Deus julgará os segredos dos homens naquele Dia (Rm 2.16; I Co 14.25).
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Simposio de Doutrina na Area 22 - Domingo a Tarde
Também estiveram presentes o Eletrônico Elshadday ( da congregação CTU Varzea ), que louvou ao Senhor com os hinos " Tua Graça me Basta " e " Sua Presença - Ivonaldo Albuquerque ". Marcaram presença os Conjuntos Musicais das Congregações em : Vila Arrais , Brasilit 2 e Brasilit 3.
Os visitantes foram o Eletrônico que já citamos os conjuntos Musicais, e alguns irmãos nossos de outras denominações. Louvaram também os Discipulados da Area 22.
O Ministério também marcou presença começando pelo Coordenador da Area 22 o Ev. Paulo Magalhães, e os Presbíteros Geraldo Sotero da Congregação em Sitio dos Lotes; Hananias da Própria Cidade Universitária ; José Rodrigues Pratiarca da Congregação em Sitio dos Lotes e o Presbítero Leonardo de CTU Varzea .
Por deficiência nossa não pegamos o nome dos escalado, pois em alguns momentos nos rendemos a Adoração do Culto que foi uma benção, onde o enviado para Ministrar a Palavra de DEUS, começou a Pregar de 15:20 e terminou as 16:15 da tarde.
O culto foi encerrado as 16:24 da tarde com uma notificação do Coordenador Paulo Magalhães, para que os Adoradores ( os Crentes ) chegassem Cedo no culto logo mais a Noite que acontecerá hoje a partir das 18:30 da tarde.
NÃO PERCA !
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Abertura do Simposio de Doutrina Biblica da Area 56
O Simposio de Doutrina por sua vez teve sua abertura hoje com o culto Introdutório as 18:00 dirigido pelos jovens da UR-12 Ibura. Logo em seguida as 19:00 iria começar o culto Oficial, o Grande e esperado momento de todos.
Louvados os 3 Hinos congregacionais o Grande Coral de Jovens da Area 56 recebeu a oportunidade para louvor ao Senhor com 2 Hinos, que foram os mesmo : Tô na mão de DEUS & JESUS volta logo .
Logo em seguida o Vocal de Três Carneiro de Baixo e o Eletrônico também de Três Carneiro de Baixo louvaram ao Senhor.
O Pastor Coordenador da Area 56 que ja havia chegado cedeu oportunidade para apresentação dos visitentes.
As Campanhas direções de Campanha Evangelizadoras
Areal - Três Carneiro de Baixo
Lagoa Dourada
Três Carneiro de Baixo
Três Carneiro de Cima
UR-12 Ibura
também esteve presente o Preeleitor da noite escalado pelo Pastor Presidente Ailton José Alves, o Pb. Genilvado Machado ( Ponte dos Carvalhos - Area 53 ).
O Grande Coral Louvou o Hino Aleluia - Gabriela Rocha
Depois do Terceiro louvor do Grande Coral foi a entrada das bandeiras, com um jovem representando cada uma das cinco congregações da Area 56.
Antes da Ministração da Palavra de DEUS a programação daquele se encerrou com oportunidade para o Jovem de Narlin de Três Carneiro de Baixo deixar uma Saudação; uma Poesia citado por uma moça de Lagoa Dourada e outra Saudação pelo Jovem da UR-12 ( Eu ).
A Ministração da Palavra de DEUS deu-se as 20:25 pelo já citado Pb. Genilvado Machado ( Ponte dos Carvalhos - Area 53 ), que pregou no tema da Apostilha do Simposio A ASCENSÃO E QUEDA DE UM REI - Baseado na História do Rei Saul.
Frase Marcante : " Quem Tem o Nome Escrito no Livro da Vida tem que andar obedecendo os Procedimentos do Céu "
O Preeleitor pregou até as 21:10 da noite, logo em seguida encerrou a mensagem fazendo uma oração pelo Grande Coral. Quando Pastor Geraldo Agostinho ( Coordenador da Area 56 ) estava agradecendo o trabalho 1 cidadão veio se entregar a JESUS.
Pessoalmente, eu estava e o culto foi uma benção, se você ainda não foi, você tem até terça-feira para acompanhar um desses maravilhosos e edificantes cultos.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
A VIÚVA DE SAREPTA
INTRODUÇÃO
A história da visita do profeta Elias à terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é exemplar por duas razões. Primeiro a história revela o cuidado de Deus para com os seus servos que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam, Deus cuida deles (Gn 39.1,2;I Rs17.1,2). Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de Deus sobre as nações, e que, mesmo em se tratando de um povo pagão, Deus escolhe dentre uma de suas moradas aquela que será o instrumento usado por Ele na construção de seu projeto (Tg 2.25; Hb 11.31).
I – INFORMAÇÕES SOBRE O RIBEIRO DE QUERITE E A CIDADE DE SAREPTA
a) Ribeiro de Querite – Um ribeiro existente no território da atual Transjordânia, onde o profeta Elias escondeu-se, após fugir da rainha Jezabel (I Rs 17.3,5). Um local proposto é o Wadi Kelt (palavra árabe que indica uma corrente de água que só é ativada em tempos chuvosos e quando a neve se derrete), um riacho de águas revoltas que desagua no vale do Jordão. Quando chegava a estação
seca, o Wadi se secava. O fim daquele suprimento exigia uma mudança. Às vezes é o que se sucede em nossa vida, mudança (I Rs17. 7 - 9).
b) Sarepta – Lugar que fazia parte das terras do pai de Jezabel esposa do rei Acabe (I Rs 16.31). Em algumas traduções, esse nome também aparece grifado como Zarepta. O profeta Elias residiu nesta cidade durante a última grande seca (I Rs 17.1,7). Esse lugar é comumente identificado como a aldeia moderna de Sarafand, cerca de 14,5 quilômetros ao sul de Sidom, na costa do mar Mediterrâneo. Cidade originalmente Fenícia, a principio pertencia a Sidom; mas, após 722 a.C., passou para território de Tiro, quando
as duas cidades entraram em conflito, e esta ultima se saiu vitoriosa. Isso pôs Elias em território estrangeiro, onde ele estaria em segurança dos planos de Acabe e da sua horrenda esposa, Jezabel (I Rs 17. 10).
II – A VIÚVA DE SAREPTA RECONHECE O PROFETA ELIAS COMO SERVO DE DEUS
Quando a viúva conheceu o profeta Elias, pensou consigo que iria preparar a sua última refeição (I Rs 17.12). Mas, um simples ato de fé produziu o milagre (I Rs 17.14,15). Ela confiou na mensagem do profeta e deu-lhe um bolo pequeno (I Rs 17.13) do que restava da farinha e do azeite que tinha para sua última refeição. A fé é o passo entre a promessa e a certeza do seu cumprimento (Hb 11.1;11,33; 10.38; Rm 4.16; Hc 2.4). Os milagres podem parecer fora do alcance de nossa fé, mas todo prodígio, grande oupequeno, começa com um ato de obediência (Gn 26.5; Dt 28.13; I Sm 15.22; Jr 42.6). Não enxergamos a solução da situação em que nos encontramos, até darmos o primeiro passo de fé (Mt 8.10; 15.28; 21.21; Mc 2.5; 4.40; 5.34; At 14.9).
2.1 As circunstância da viúva - Morava em Sarepta, lugar entre Sidom e Tiro, onde quase um milênio depois, o Senhor Jesus Cristo exerceu uma missão de compaixão para com uma mulher que não era da descendência de Israel (Mc 7.24-31; Mt 15.21-28). Eis as circunstâncias:
Tinha um filho (I Rs 17.13);
Era muito pobre e desanimada (I Rs 17.12);
Não conhecia o Deus de Israel (I Rs 17.12);
Sofria os danos causado pela seca (I Rs 17.7).
2.2 A viúva e o seu encontro com o profeta Elias – O profeta Elias parece ter sido bastante egoísta e sem coração com a viúva, pedindo que lhe trouxesse água e pão , fazendo primeiro para ele (I Rs 17.10,11). Contudo, devemos olhar para o plano do Senhor Deus na vida daquela viúva e do seu filho; havia um grande milagre da parte do Senhor para acontecer, isto é, o milagre da abundância da farinha e do azeite no tempo da crise (I Rs 17.16).
2.3 Mesmo sem entender, a viúva atende a voz do homem de Deus. Vejamos:
a) ...Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba (I Rs 17.10) - Não é de surpreender que a água é algo de grandeimportância a necessidade da existência humana (I Sm 25.11; I Rs 18.4). O desejo de uma vida espiritual plena, são descritos como alguém que tem sede de água (Am 8.11; Mt 5.6; Sl 63.1; 143.6). Da mesma forma como o nosso corpo físico precisa da água para
sobreviver (Jo 4.13), a nossa alma também precisa da água celestial para continuar com vida (Jo 4.14; 7.38).
b) ...Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão (I Rs 17.11) - No hebraico, Lechem palavra usada por mais de
duzentas e trintas vezes no Antigo Testamento, que significa pão comum, e em termos gerais, “ alimento” ou “sustento”(Gn 3.19; Ml 1.7; Dt 8.3; Is 3.1; Jr 37.21). O melhor pão era feito de farinha de trigo ( Jz 6.19; II Sm 1.24; I Rs 4.22), com a massa bem amassada (Gn 18.6; Lv 2.1). Já o pão mais popular era feito de cevada ( Jz 7.13; Jo 6.9-13). Não esqueçamos que o pão que o profeta Elias pediu a viúva, é o pão que perece, que sacia apenas o corpo humano (Mt 14.15-21; 15.32-38) e não a alma. Porém, o Senhor Jesus se mostra como o pão dá vida (Jo 6.35). Lembremo-nos que a Palavra de Deus é o alimento genuíno para um crescimento sadio da nossa alma perante o Senhor nosso Deus (Sl 19.14; 33.4,6; 119.11).
2.4 Recompensa por atender a voz do homem de Deus
a) A viúva fez conforme a palavra do profeta Elias – A mulher acreditou na afirmação do homem de Deus. Em primeiro lugar, ela o serviu, e por conseqüência o milagre aconteceu. Ela, seu filho e Elias tiveram abundância de alimentos. É maravilhoso vermos o milagre acontecer, como resultado de um grande ato de obediência e fé (I Rs 17.15).
b) Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou – O suprimento de farinha e o azeite se multiplicava milagrosamente, por causa da intervenção divina, na vida daquela viúva (I Rs 17.16).
III – A MULHER RECONHECE O DEUS DE ELIAS COMO O VERDADEIRO DEUS
A provisão do Senhor nunca é dada com o proposito de nos fazer ficar inerte (Fl 4.19; 4.12; Sl 40.17; 107.41) mas, para quepossamos aprender as lições, de não colocarmos limitações à capacidade de Deus prover o que precisamos ter (Pv 8.11; 15.2; 16.16; 24.3; 31.26), sobretudo nas adversidades. Precisamos aprender a depender do Senhor Deus ao enfrentarmos cada dificuldade. Felizes são aqueles que podem assim acreditar e a obedecer na esperança, contra a esperança, ou seja, confiarmos em Deus apesar das
cirunstâncias (Rm 4.18; Sl 65.5; 78.7; 146. 5).
IV – O SENHOR JESUS UTILIZA A HISTÓRIA DA VIÚVA DE SAREPTA
O Senhor Jesus fez referência ao profeta Elias, à grande fome e a viúva de Sarepta de Sidom (Lc 4.25,26). O texto deixa claro que a viúva de Sarepta fica em evidência nas palavras do Senhor Jesus. O que faz a história dessa mulher ser diferente das demais viúvas de sua época? Por que ela foi abençoada e as outras não? Por que ela recebeu uma menção tão honrosa por parte do próprio Cristo? Sabemos que no texto o Senhor Jesus estava se referindo a falta de credibilidade do profeta em sua própria pátria, conforme
(Lc 4.24). Contudo, queremos ainda extrair três lições das atitudes da viúva:
4.1 Deus prepara o ambiente para sermos recebidos. O Senhor Deus preparou o coração da viúva para recepcionar e atender as necessidades do profeta (I Rs 17.15).
4.2 A recompensa é assegurada pela obediência. Deus trouxe provisão àquela mulher por sua submissão aos interesses divinos através do ministério do profeta Elias, não permitindo que o seu suprimento lhe faltasse, antes ocorresse um transbordamento da provisão em seu lar (I Rs 17.16).
4.3 O milagre acontece quando Deus é colocado em primeiro lugar. O profeta entrega ou à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe disse: “primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti mesma e para teu filho” (I Rs 17.13). O profeta era um agente de Deus e atendê-lo primeiro significava pôr Deus em primeiro lugar.
V – DEUS É O PROVEDOR DO PROFETA ELIAS, DA VIÚVA DE SAREPTA E DA SUA IGREJA
A soberania de Deus sobre a historia e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que lhe obedece (Gn 26.5; Dt 28.13,14; I Sm15.22; Jr 42.6; Lc 8.25; Hb 5.9; Hb 11.8) se revelam de uma forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando a soberania divina quer revelar a sua graça (Sl 45.2; 84.11; 90.17; Is 12.1) e tampouco não há circunstância demasiadamente difícil que possa impedir o Senhor de revelar o seu poder provedor. Deus é Deus dentro e fora dos limites que os homens costumam conhecer ou estabelecer (Ef 3.20; Sl 139.17).
CONCLUSÃO
Em uma nação onde era exigido por lei cuidar de seus profetas, é irônico que Deus tenha recorrido aos corvos(I Rs 17.4) e a uma viúva (I Rs 17. 8,9) para cuidar do profeta Elias (I Rs 17.15,16). O Senhor traz o auxilio de onde menos esperamos. Ele provê o que necessitamos (Sl 40.17; 107.41; Pv 14.31; 31.20; Is 14.30) de uma forma que ultrapassa nossas restritas definições ou expectativas. Não importa quão amargas sejam as nossas tribulações, ou quão sem esperança a nossa situação possa parecer; devemos buscar o cuidado de Deus. Podemos encontrar Sua providência, o Seu socorro, o Seu milagre em lugares ou situações que nos pareçam estranhos (Êx 17.5-7; Nm 20.7-11).
Fonte : www.rbc1.com.br
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
A APOSTASIA NO REINO DE ISRAEL
I – O QUE É APOSTASIA
1.1 Definição. Do grego, apo, que significa “fora” e histemi, que quer dizer: “colocar-se”. Significa “afastamento” ou o “abandono premeditado e consciente da fé cristã”. No Antigo Testamento não foram poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em Juízes, há sete desvios da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, apostasia constituía-se num adultério espiritual. Se a congregação hebreia era a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos. (ANDRADE, 2006 p. 56).
1.2 A apostasia no AT. No Antigo Testamento, a apostasia ocorreu, principalmente, quando Israel deixou de servir e adorar ao Único Deus Verdadeiro (monoteísmo) e passou a prestar culto a outros deuses (politeísmo), como podemos ver em (Êx 32.1-18; II Rs 17.7- 23; Is 1.2-4; Jr 2.1-9).
1.3 A apostasia no NT. O termo aparece duas vezes no NT com o sentido de cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ouapartar-se da união vital com Ele (At 21.21; II Ts 2.3; Hb 3.12). Apostatar significa rejeitar, depois de haver crido nos ensinos de Cristo, e passar a crer em doutrinas contrárias (I Tm 4.1; II Tm 4.3). Sendo assim, a apostasia só é possível para quem já experimentou a salvação (Lc 8.13; Hb 6.4,5).
II – AS CAUSAS DA APOSTASIA EM ISRAEL
2.1 Casamento misto. O Senhor Deus advertiu a nação quanto ao perigo do casamento misto, ou seja, da união conjugal com outrospovos (Êx 34.12-16; Dt 7.1-4). No entanto, os filhos de Israel não guardaram este mandamento, e, como Deus havia advertido, esses casamentos conduziram os israelitas a apostasia (Nm 25.1-3; I Rs 11.1-8; 16.31-34; Ed 10.1,2). O rei Acabe, por exemplo, influenciado por sua esposa Jezabel, substituiu o culto à Jeová pela adoração à Baal (I Rs 16.31-33), e, como se não bastasse, ela
intentou matar a todos os profetas do Senhor (I Rs 18.4). É por esta razão que a Bíblia nos adverte sobre o perigo do jugo desigual
(Am 3.3; I Co 6.14-18).
2.2 Maus exemplos dos reis. A apostasia em Israel ocorreu, principalmente, por causa dos maus exemplos dos reis de Israel, que conduziram a nação à idolatria. O rei Salomão, por exemplo, abandonou ao Senhor e tornou-se idólatra, prostrando-se diante de outros deuses (I Rs 11.1-5), o que o Senhor havia proibido terminantemente na Lei (Êx 20.3-5; Dt 5.7-9). Após a sua morte, seu filho Roboão reinou em seu lugar (I Rs 11.43), e, a partir de então, a nação foi dividida em dois reinos: o Reino do Norte, denominado
Israel, com dez tribos; e o Reino do Sul, chamado Judá, com apenas duas tribos, Judá e Benjamim (I Rs 12.16-25).
Vejamos como sedeu a monarquia em Israel (Reino do Norte), de Jeroboão até o rei Acabe:
2.2.1 Jeroboão. Foi o primeiro rei de Israel após a divisão do Reino (I Rs 12.20). Ele fez dois bezerros de ouro e pôs um em Betel e outro em Dã (I Rs 12.28-30). Ele também estabeleceu sacerdotes que não eram da linhagem de Levi (I Rs 12.28-31) e sacrificou aos bezerros que fizera, provocando a ira do Senhor (I Rs 12.28.31-33).
2.2.2 Nadabe. Ele reinou por apenas dois anos, e fez o que era mal aos olhos do Senhor, andando nos caminhos de seu pai, fazendo pecar a Israel (I Rs 15.25-31).
2.2.3 Baasa. Ele reinou por vinte e quatro anos e também fez o que era mal aos olhos do Senhor, e andou nos caminhos de Jeroboão, conduzindo Israel à idolatria, provocando a ira do Senhor (I Rs 15.33,34; 16.13);
2.2.4 Elá. Seu reinado durou apenas dois anos (I Rs 16.8), e também foi um mal rei, fazendo pecar a Israel, irritando ao Senhor (I Rs 16.13).
2.2.5 Zinri. O reinado de Zinri foi o mais curto de todos. Ele reinou por apenas sete dias (I Rs 16.15). Mas, também andou nos caminhos de Jeroboão, fazendo o que era mal aos olhos do Senhor, fazendo pecar a Israel (I Rs 16.19).
2.2.6 Onri. Ele reinou por dezoito anos (I Rs 16.23), fez o que era mal aos olhos do Senhor, e foi o pior rei de todos que lhe antecederam, fazendo pecar a Israel (I Rs 16.25,26).
2.2.7 Acabe. Quando Onri morreu, Acabe reinou em seu lugar (I Rs 16.28), que teve a capacidade de fazer pior do que todos os reis que lhe antecederam (I Rs 16.30,31). Ele casou-se com Jezabel, que, além de controlá-lo (I Rs 21.25), levou a nação de Israel a adorar seus deuses (I Rs 18.19,20).
Foi em meio a essa crise social, moral e espiritual que Deus levantou o profeta Elias para combater o pecado, proclamar o juízo divino e chamar o povo ao arrependimento.
III – A DIFUSÃO DO CULTO A BAAL
A palavra Baal deriva-se do hebraico, ba`al, e significa “proprietário”, “senhor” ou “marido” (I Cr 5.5; 8.30; 9.36). Baal erao nome comum dado ao deus da fertilidade em Canaã. O AT registra que ele era o deus dos cananeus, mas, também foi cultuado e adorado pelos israelitas (Nm 25.1-3; Jz 2.11,13; 3.7; I Sm 12.10; I Rs 16.31,32; 18.18). Muitas cidades fizeram de Baal um deus local, como Baal-Peor (Nm 25.3,5); Baal-Gade (Js 11.17); Baal-Berite, em Siquém (Jz 8.33); Baal-Zerube, em Ecrom (II Rs 1.2-16); Baal-
Zefom (Nm 33.7); e Baal-Hermom (Jz 3.3). Dentre todos os profetas, Jeremias e Oseias mencionaram Baal com muita frequência (Jr 2.8,23; 7.9; 9.14; 11.13,17; 12.16; 19.5; 23.13,27; Os 2.8,13,17; 9.10; Os 2.8,13,17; 9.10; 11.2; 13.1). Essa religião exerceu grande influência sobre Israel, especialmente no Reino do Norte, onde as ideias e culturas pagãs tornaram-se parte da religião israelitas. Jezabel, esposa do rei Acabe, foi uma rainha idólatra (I Rs 16.31,32) que lutou contra os profetas do Senhor (I Rs 18.4,13), enquanto cerca de 850 profetas de Baal e Aserá comiam à sua mesa (I Rs 18.19). Isto fez com que o profeta Elias desafiasse os profetas de Baal e Aserá, perguntando se Yaweh ou Baal era Deus (I Rs 18.24). Mas, isto não significa dizer que toda a nação se corrompeu, pois, nos dias de Elias havia sete mil que não haviam se curvado diante de Baal (I Rs 19.18).
IV - AS CONSEQUÊNCIAS DA APOSTASIA EM ISRAEL NOS DIAS DO PROFETA ELIAS
Nos dias de Elias, os israelitas, sob a influência da família real, tornaram-se adoradores de Baal, que era considerado como sendo o deus cananeu da chuva e da fertilidade (I Rs 16.29-34). Por isso, o profeta Elias proferiu uma mensagem de juízo divino contra a nação, e, principalmente contra o seu rei, e anunciou uma seca que durou três anos e meio, demonstrando que Jeová é superior a Baal. Esta seca trouxe fome e miséria à nação (I Rs 17.1; Tg 5.17). Em meio a crise, o profeta Elias disse a Acabe: “Eu não
tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor, e seguistes os baalins” (I Rs18.18). Como o Senhor havia predito nos livros da Lei, a fertilidade e fartura não dependiam de divindades pagãs, e sim, da obediência aos preceitos divinos; e, consequentemente, a seca e a escassez, em decorrência da desobediência à Lei divina (Dt 11.13- 17; 28.1-6, 23,24).
V – OS PERIGOS DA APOSTASIA
Embora a apostasia tenha ocorrido no passado, ela acontece com mais frequência em nossos dias, como cumprimento da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo disse: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Tm 4.1). Muitos cristãos estão sendo influenciados por falsos
ensinos e doutrinas de demônios em nossos dias. O escritor da carta aos Hebreus traz uma palavra de advertência quando diz que aquele que no passado teve uma experiência de salvação com Cristo, mas que, deliberada e continuamente endurece o coração para não atender a voz do Espírito Santo (Hb 3.7-19), continua a pecar intencionalmente (Hb 10.26) e se recusa a arrepender-se e voltar-se para Deus, pode chegar a um ponto tal, que não haverá mais possibilidade de arrependimento e de salvação (Hb 6.4-6).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a apostasia existe desde os tempos passados, como ocorreu nos dias de Salomão, Jeroboão, e, principalmente, nos dias de Acabe, rei de Israel. Por esta razão, o Senhor Deus levantou os profetas Elias e Eliseu, não apenas paraprofetizar e combater os pecados da nação, mas, também, para operar milagres extraordinários, revelando a soberania e o poder de Deus sobre os homens e a natureza. Tal qual os dias de Elias, nós também vivemos em um período de muita apostasia e abandono da
fé, onde as doutrinas humanas e demoníacas são difundidas através da mídia e dos meios de comunicação. Por isso, nestes tempos pós-modernos, Deus está à “procura” de homens corajosos como Elias e Eliseu, para refutar os falsos ensinos de hereges e falsos profetas, anunciando ousadamente a Palavra de Deus na unção do Espírito Santo.
Fonte : www.rbc1.com.br
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