quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Somente em JESUS temos a verdadeira prosperidade




I – DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO: VIDA ABUNDANTE

Para entendermos o significado da expressão “vida abundante” examinaremos a palavra “vida” e por
conseguinte o termo “abundante”, a fim de compreendermos o que Jesus queria dizer com esta expressão:
 
1.1 No grego, há duas palavras usadas para o termo: “vida”. A primeira é  bios: que é a vida comum, não somente aos seres humanos, mas a todos os animais (Gn 2.7;7.22). A segunda é  zoeh:  que significa a vida que o pecador recebe ao nascer de novo; é a vida sobrenatural que procede do próprio Deus (Jo 5.24; Rm 6.4). Portanto, enquanto biosé a vida extensiva, zoehé a vida intensiva.
 
1.2 O adjetivo “abundante” que indica qual tipo de vida a que Jesus se refere, segundo Aurélio, significa: superabundante (em quantidade) e superior em (qualidade); já que Cristo veio redirecionar nossa atenção para valores eternos (Mt 6.19,20). Está claro que ele não se referia a quantidade, mas a qualidade de vida (Gl 2.20). Diante disso, podemos concluir que a expressão “vida abundante” diz respeito a um nível de vida superior ao da existência. Pois a vida  bios, é terrena e passageira. Porém, a vida  zoehé espiritual e eterna. Ela é desfrutada, parcialmente no presente (Pv 15.15), e por conseguinte totalmente no porvir (Cl 3.4), por aqueles que nascem de novo.
 
II – ERROS ACERCA DA POBREZA E DA RIQUEZA
Infelizmente, não são poucos os equívocos cometidospor alguns cristãos quanto à visão de pobreza e riqueza.
Veremos abaixo quatro extremos, que devem ser evitados:
 
2.1 Pobreza é sinal de piedade?  O monasticismo (um movimento religioso surgido doCristianismo), difundiu a ideia de que um cristão para ser considerado piedoso, para agradar a Deus, devia viver isolado da sociedade e abrir mão de tudo o que possuía, vivendo em pobreza. Esta visão encontra-se totalmente distorcida da Palavra de Deus, visto que a pobreza não pode aferir o caráter de um servo de Deus. Um autêntico homem de Deus é conhecido por sua  fé e por suas obras, tal qual a árvore é conhecida pelos seus frutos (Mt 7.17,18; Lc 6.43,44; Gl 5.22).
 
2.2 Pobreza é sinal de pecado? Como podemos ver, este pensamento é antagônico ao primeiro. Se pobreza não pode ser evidência de uma vida piedosa, tampouco de uma vida de pecado. Estaria porventura em pecado o mendigo Lázaro que morreu e foi ao Seio de Abraão? (Lc 16.20-22); ou estaria debaixo de maldição o apóstolo Paulo quepassou fome, frio e nudez? (II Co 11:27); teria o Filho de Deuspecado por ter preferido ser pobre para que pudesse enriquecer a outros? (II Co 8:9). É evidente que não.
 
2.3 Riqueza é sinal de comunhão? Este é um pensamento defendido pela Teologia da Prosperidade. No entanto, é um ponto de vista totalmente contrário ao Cristianismo, que ensina a prioridade pelas coisas que são do céu (Mt 6.33); que condena veementemente a riqueza mal adquirida (I Co 6:10) e a avareza, que é idolatria (Cl 3.5).
 
2.4 Riqueza é sinal de pecado? e não encontramos base bíblica para a Teologia daProsperidade, também não encontraremos para a Teologia da Miséria, que procura demonizar (atribuir características demoníacas) a posse de bens materiais. Não esqueçamos de Jó, um homem riquíssimo de bens materiais, e que era justo (Jó 1.1); ou de Abraão, o pai da fé, que de igual modo era possuidor de grandes riquezas (Gn 13.5,6). Na verdade, os que defendem essa ideia tropeçam numa declaração paulina, citando-a de forma equivocada, como por exemplo:  “o dinheiro éa raiz de todos os males”, quando na verdade o apóstolo disse assim:  “o amor ao dinheiro éa raiz de todos os males” (I Tm 6.10). A idolatria não está nas coisas ou pessoas, mas no sentimento que devotamos a elas.

III – EM QUE CONSISTE A VIDA ABUNDANTE

Existe uma compreensão humana errônea acerca de vida abundante. Muitos acreditam que ela está baseada
em uma vida de conforto, riquezas, saúde, longevidade, ausência de sofrimento. Assim também pensam e ensinam os seguidores da Teologia da Prosperidade. Mas, será isso mesmo o que alude Jesus quando disse:  “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”?(Jo 10.10b). Vejamos detalhadamente em que esta vida consiste:
 
3.1 A vida abundante consiste em qualidade de vida.  A vida abundante prometida por Jesus, não se caracteriza em conforto, riquezas, posse de bens, como ensinam os Teólogos da Prosperidade. Se assim o fosse, os ricos deste mundo já a possuíam. Também não significa vida longa. Na  verdade, esta expressão diz respeito a qualidade devida (Rm 6.4;7.6), que é oriunda de Cristo - a fonte (Jo 4.14; Jo 14.6; Ap 21.6).
 
3.2 A vida abundante consiste em vida espiritual. No Éden, o homem desfrutava da vida abundante dada por Deus. Mas, apesar de ser advertido que se pecasse morreria, o homem transgrediu e foi afastado da presença de Deus (Gn 2.16,17; Rm 3.23). Em Adão morremos espiritualmente (Rm 5.12). Todavia, quando o pecador aceita a Cristo como Salvador, a vida espiritual outrora perdida, é restituída (Ef 2.1,5; Cl 2.13). Quando este nasce de novo, pela Palavra e pelo Espírito (I Pe 1.23; Tt 3.5).
 
3.3 A vida abundante consiste em vida eterna.  A vida que Cristo trouxe ao homem foi a vida eterna. Esta é experimentada parcialmente no presente (Jo 3.15,36;I Jo 5.11-13) e completamente no porvir (Lc 18.30; Rm 6.22; Gl 6.8), quando no arrebatamento da Igreja o nosso corpo mortal se revestirá de imortalidade e a nossacorrupção será revestida pela incorruptibilidade. Então, tragada será a morte na vitória. Aleluia! (I Co 15.52-54).
 
IV – BENEFÍCIOS DA VIDA ABUNDANTE

A vida abundante ou vida eterna por meio de Cristo,inclui todas as condições, todos os efeitos e operações do
Espírito Santo sobre o homem, tanto no aspecto presente quanto no futuro. Vejamos alguns benefícios oriundos desta vida:
 
4.1 No presente

•  Justificação:  Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de Deus, através do qual o pecador que aceita a Cristo é declarado justo.  “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz  com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1);
•  Regeneração: Milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o participante da vida e da natureza divina. Através da qual o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 
(II Co 5.17);
•  Santificação: É a forma pela qual o nascido de novo é aperfeiçoado à semelhança do Pai Celeste, por meio do sangue de Cristo, da Palavra e do Espírito Santo. “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (I Co 6.11).

4.2 No futuro
•  Glorificação: No plano da salvação, a glorificação é a etapa final a ser atingida por aquele que recebe a Cristo como Salvador e Senhor de sua alma. A glória de Cristo será partilhada plenamente com seus santos no arrebatamento da igreja.  “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”(Fp 3.20,21).
 
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, os Teólogos da Prosperidade afirmam que o cristão não pode ser pobre, nem deve passar
privações, sofrimentos e enfermidades, porque Jesus veio trazer vida abundante. Infelizmente, esta visão deturpada têm  sido largamente difundida no meio evangélico, através de livros, da mídia televisiva, rádios, etc. No entanto, como vimos, o verdadeiro sentido de vida abundante ultrapassa esse falso conceito, pois diz respeito a qualidade de vida pela regeneração; a vida espiritual de comunhão com Deus; e por fim, a vida eterna, como coroa da justiça prometida aos fiéis que amam a vinda de Cristo (Ap 2.10; II Tm 4.8).
 
Fonte : Site da RBC - Lições da EBD

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