domingo, 17 de março de 2013

OS MILAGRES DE ELISEU




Ora o rei falava a Geazi, servo do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito. 
2 Reis 8:4


INTRODUÇÃO
Os poderosos milagres do Senhor através do profeta Eliseu (2 Rs 2.21,22; 4.36,37; 4.43; 5.14; 6.6; 7.1), mostram que Deus controla não apenas os grandes exércitos, mas também os acontecimentos da vida cotidiana. Quando ouvimos e obedecemos a Deus, Ele nos mostra seu poder de transformar qualquer situação. O cuidado de Deus é para todos aqueles que estão dispostos a segui-lo. O Senhor tem todo o poder para realizar milagres em nossa vida (Gn 5.24; Êx 3.2; Nm 22.28;Js 3.16; At 3.1).

I – A PORÇÃO DOBRADA DO ESPÍRITO

Antes de ser levado aos céus, Elias perguntou a Eliseu o que ele desejava receber para exercer o seu ministério. Eliseu então sabiamente lhe respondeu: “Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim” (II Rs 2.9-b). Segundo Donald C. Stamps, comentarista da Bíblia Pentecostal, o termo “porção dobrada” não significa terminantemente o dobro do poder espiritual de Elias; refere-se antes, ao relacionamento entre pai e filho, em que o filho primogênito recebia o dobro da herança que os demais (Dt 21.17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual lhe conferisse uma medida abundante do seu espírito
profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. É um fato curioso que o número de milagres que Deus operara por intermédio de Eliseu foi o dobro do que realizara através de Elias. Vejamos isso no quadro abaixo:

MILAGRES DE ELIAS REFERÊNCIA

Profetizou que não choveria por três anos e meio e não choveu I Rs 17.1 / Tg 5.17
Disse que a farinha e o azeite da viúva se multiplicariam I Rs 17.14-15
Orou para que o filho da viúva ressuscitasse e ele reviveu I Rs 17.21-22
Orou para que caísse fogo do céu sobre o altar e assim aconteceu I Rs 17.37-38
Pediu que caísse fogo do céu sobre os soldados e eles foram consumidos II Rs 1.9-12
Feriu com a capa as águas do Jordão e ele se abriu II Rs 1.8

MILAGRES DE ELISEU REFERÊNCIA

O rio Jordão é separado II Rs 2.14
As águas perto de Jericó são saradas II Rs 2.19
As ursas devoram os rapazinhos por ordem de Eliseu II Rs 2.23-24
Vinte pães satisfazem cem homens II Rs 4.42-44
O azeite da viúva é multiplicado II Rs 4.1
O filho da sunamita é ressuscitado II Rs 4.31
A comida envenenada é purificada II Rs 4.38
Naamã é curado da lepra II Rs 5.1
Geazi é punido com a lepra de Naamã II Rs 5.20-27
O machado flutua II Rs 6.1
Soldados inimigos cegados II Rs 6.18
Um homem ressuscitado quanto tocou nos ossos do profeta II Rs 13.20-21

II – TRÊS PROPÓSITOS DOS MILAGRES

 Glorificar a Deus. Os milagres narrados nas Escrituras, tanto no Antigo como em o Novo Testamento, objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento encontramos os profetas e apóstolos, buscando chamar a atenção para si (II Rs 5.15,16; Dn 2.27,28; At 3.8,12; 14.14,15);
 Dar uma resposta a necessidade humana. Todos os textos narrando os milagres realizados através de Eliseu deixam bem claro que os mesmos ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também em resposta ao sofrimento humano (2 Rs 4. 1-7; 4. 8-38; 5.1-19; 6.1-7);
 Propiciar evidências para que haja fé em Deus. Os milagres operados pelo profeta Eliseu são uma clara
demonstração do poder de Deus. Todos eles tiveram como propósito especifico despertar a fé no único Deus Verdadeiro, que demonstra a sua graça e glória nas mais diferentes situações na vida, como o general Naamã que recebeu uma cura divina (2 Rs 5.1-19).

III - A CONTEMPORANEIDADE DOS MILAGRES

Há os que defendem a teoria de que os milagres eram restritos à era apostólica e afirmam que os sinais sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, foram enviados com o propósito exclusivo de confirmar a divindade de Jesus, e autenticar os primeiros pregadores do Evangelho e sua mensagem. Argumentam também que a necessidade de tais manifestações sobrenaturais cessaram depois de completado o Novo Testamento, porém a Bíblia nos mostra que os milagres de Deus são necessários ainda hoje, porque confirmam a pregação do evangelho (Mc 16.20). Jesus fez uma excelente promessa dizendo: “E
estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc 16.17). Logo, a manifestação de sinais ficou restrita a era dos apóstolos, pois a fé é a principal condição para que estes sinais ocorram (Mt 21.22; Jo 11.40). É necessário destacar também que dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca à disposição da sua Igreja na terra, destacam-se os dons sobrenaturais do Espírito Santo, entre os quais estão os dons de poder (I Co 12.7-11). Como o próprio nome já diz, são dons que transmitem poder, através de operações sobrenaturais. É o poder de Deus concedido ao crente para ele realizar maravilhas:
 O Dom da Fé (I Co 12.9). Esse Dom opera frequentemente em conjunto com os dons de curas e operação de maravilhas. Não se trata da fé natural nem da fé para a salvação, mas uma Fé sobrenatural capacitando o crente a crer em Deus, para a realização de milagres extraordinários como a cura de doenças incuráveis, ressurreição de mortos ou a realização de coisas impossíveis pelos meios naturais. O Dom da Fé é a capacitação sobrenatural do crente para crer no impossível (Gn 22.5; Mt 8.1-3; Mc 1.22-24; Lc 17.6; Hb 11);
 Os Dons de Curar (I Co 12.9). Os dons de curar são dados à Igreja para, por meios divinos, proporcionar a restauração da saúde do corpo físico. A palavra “dons” no plural pode sugerir a multiplicidade desses dons, bem como a cura de diferentes tipos de enfermidades, de acordo com o Dom que se recebe (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30; 19.11,12; 28.7,8). Os dons de curar não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (I Co 12.11,30), todavia, todos podem orar pelos enfermos, na autoridade do nome de Jesus (Mc 16.17,18), e havendo fé, os enfermos serão curados. Pode haver também cura de enfermidades através da unção com óleo, conforme ensinou o apóstolo Tiago (Tg 5.14-16);
 Dom de Operação de Maravilhas (I Co 12.10). Esse Dom manifesta-se como os demais, de maneira sobrenatural, geralmente sendo uma intervenção divina nas leis da natureza. É Deus modificando as leis naturais para manifestar o seu supremo poder (Js 10.12-14; At 9.36-42; 20.9-12). Sempre que o Dom de Operação de Maravilhas se manifesta, os resultados são imediatos e visíveis (At 2.43; 8.5-8,13; 19.11).

IV - COMO RECEBER O MILAGRE DE DEUS

Podemos destacar o personagem bíblico Naamã, como alguém que tomou as atitudes certas para receber o milagre de Deus. Vejamos quais foram:
 Naamã creu. Ao ouvir por sua esposa o que havia sido dito por uma menina que estava em sua casa, de que havia um profeta em Samaria que poderia conduzi-lo a cura de sua lepra ele creu: “Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel” (II Rs 5.4);
 Naamã buscou ao Senhor. A Bíblia diz que Naamã residia na Síria e o profeta estava em Samaria. No entanto, motivado pela fé, ele foi em busca do homem de Deus a fim de receber o favor divino: “Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu” (II Rs 5.9);
 Naamã se humilhou. A princípio, o general sírio, não gostou da forma como o homem de Deus lhe tratou e do que recomendara fazer para que fosse curado. Por ser uma autoridade esperava um tratamento diferenciado segundo seus próprios conceitos (II Rs 5.10-12). Porém ao ser aconselhado servos que foram com ele a casa do profeta Eliseu, ele resolveu deixar o seu ego de lado e se submeter a direção divina dita pelo profeta: “Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus” (II Rs 5.14-a);
 Naamã perseverou. O texto bíblico nos informa que além do profeta anunciar o lugar onde o general haveria de mergulhar, diz também quantas vezes era necessário. Isto exigia de Naamã agir com perseverança: “Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado” (II Rs 5.14).

CONCLUSÃO

Os milagres são operações de caráter divino, fazendo intervenções na esfera física podendo ser vistos na cura de doentes, na multiplicação de víveres, na intervenção sobre os elementos da natureza e até na ressurreição de mortos. Mas os milagres ainda seguem um padrão: eles seguem os que creem, conforme (Mc 16.17). Esperar milagres da parte do Senhor é importante, mas não é a essência da vida cristã; e a presença constante de milagres não garante necessariamente a fé e a fidelidade das pessoas. Devemos aprender que precisamos ter comunhão com o Senhor Deus, independente de que Ele realize milagres ou não.

Fonte : www.rbc1.com

domingo, 3 de março de 2013

ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO




" E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. " 
Mateus 17:2-3


INTRODUÇÃO

O mistério da Transfiguração é, dentre todos apresentados pela Sagrada Escritura, o que traduz de maneira mais sublime e profunda, toda a teologia da divinização do homem Jesus, pois no monte, sua glória interna tornou-se visível externamente. O mistério da Transfiguração tem uma íntima ligação com o mistério Pascal (sacrifício). Poderíamos dizer que a Transfiguração é a “ponte”, que liga ou, que introduz ao Calvário e finalmente à Ressurreição. O Cristo que contemplamos na Transfiguração é o mesmo que contemplaremos em sua glória na eternidade.

I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA TRANSFIGURAR

A palavra Transfigurar, que traduz o termo “metamorfose” mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma. A palavra “morphe” significa “forma” e o termo “meta” diz respeito a “mudança”, mas não mudança de essência (Mt 17.2; Mc 9.2; Rm 12.2). Entendemos que a Transfiguração foi uma experiência de origem divina, uma revelação dada aos apóstolos sobre a glória do Reino futuro no qual, Jesus é Rei. Ele foi metamorfoseado quando “transformou-se” no monte mudando sua APARÊNCIA física e não a sua ESSÊNCIA divina. A palavra traduzida em português como “transfigurado” corresponde ao vocábulo grego “metamorphoõ” que significa também “transformar”, “mudar em outra forma”,
“transfigurar”.

II – LOCALIZAÇÃO DO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO

A transfiguração é registrada em cada um dos evangelhos sinóticos (Mt 17.1-9, Mc 9.2-10, Lc 9.28-36) e também em (2 Pe 1.16-21). O local deste evento é “um alto monte” (Mt 17.1; Mc 9.2). A associação com uma montanha também é encontrada em (Lc 9.28; 2 Pe 1.18). Várias localizações geográficas têm sido sugeridas: Monte Hermon, Monte Carmelo, e olocal tradicional do Monte Tabor. Os escritores bíblicos, aparentemente, não estavam interessados em localizar exatamente onde este evento aconteceu, mas sim, registrar o que ocorreu.

III – O SIGNIFICADO DO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO

Durante toda a Sua vida, Jesus estava sob aquele véu (seu corpo). Apenas uma única vez em Sua vida aquele véu foi “aberto” e a Sua glória brilhou por meio da Sua carne humana, e essa vez foi no monte da transfiguração. Foi apenas por um período curto de tempo e, então, aquele véu caiu sobre Ele novamente até que foi rasgado na cruz do Calvário. Jesus é"o resplendor da glória" de Deus e "a expressão exata do seu Ser" (Hb 1.3). Ele reflete perfeitamente a natureza e o caráter de Deus. Quando olhamos para Jesus, podemos ver "a glória do Senhor" (2 Co 3.18; 4.6).Vejamos:

 Só podemos compreender a transfiguração de Jesus a partir da Sua encarnação:  “O Verbo se fez carne e habitou(tabernaculou-se) entre os homens, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Quando o Filho de Deus veio a estemundo, Ele tomou sobre Si a carne humana e essa carne serviu como um véu sobre Ele. Por esta razão, enquantoestava na Terra, quando os homens olhavam para Ele, viam apenas um Homem. Não viam a glória do Filho de Deus porque Ele estava coberto pelo véu. “pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne”. (Hb 10.20).
 Simbolicamente, o aparecimento de Moisés e Elias representava a Lei e os Profetas:  Entretanto, a voz de Deus docéu - "Ouçam a Ele!" - mostrou claramente que a Lei e os Profetas deviam dar lugar a Jesus. "E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos." (Lc 24.44). Aquele que é o novo e vivo caminho está substituindo o antigo; Ele é o cumprimento da Lei e das inúmeras profecias no AT. Além disso, em Sua forma glorificada eles tiveram uma breve visualização da Sua glorificação e entronização vindoura como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
 João escreveu em seu evangelho: "Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Pedro também escreveu: “De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, [...] Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida [...]. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo" (2 Pe1.16-18).

IV – O MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO E OS ERROS DOUTRINÁRIOS

Essa passagem tem gerado muitas interpretações errôneas que tentam apoiar doutrinas sobre reencarnação e manifestação dos mortos se comunicando com os vivos. A Escritura, contudo, não se contradiz. Ela condena doutrinas que apoiam a invocação de mortos e a necromancia. A presença de Elias e Moisés na transfiguração significa que Jesus estava apoiado pela Lei (Moisés) e pelos profetas representado por Elias (II Rs 2.1-11). Há ainda alguns intérpretes que veem nesse acontecimento da Transfiguração, Moisés representando os que passaram pela experiência da morte, já que ele morreu (Dt 34.5) e Elias como a figura dos redimidos que serão arrebatados sem ver a morte (1Ts 4.16-17).

V - OS PROPÓSITOS DA VISÃO NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO

Um dos principais motivos da visão no monte da transfiguração é o de demonstrar que a Lei de Moisés (Pentateuco) e todos os profetas (Os demais livros) do AT tiveram seu real cumprimento na pessoa magnífica do Senhor Jesus Cristo (Lc 24.44). Importante também notar que a visão teve o propósito de fortalecer a fé dos apóstolos, pois estes estavam prestes a ver o Senhor ser crucificado e morto. Eles deveriam entender que antes da sua ressurreição, era necessário o sofrimento e a morte do Cordeiro de Deus, a fim de que os pecados deles e os nossos fossem expiados pela morte do Justo. Evidência disto
são as palavras que o Senhor Jesus lhes dirigiu imediatamente após a visão: "E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos" (Mt 17.9).

VI – MOISÉS, ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO

O texto sagrado relata que tão logo subiram ao Monte, Jesus foi “transfigurado diante deles; o seu rosto
resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”. (Mt 17.2). Como já foi dito, a palavra transfigurar, mantém o sentido de mudança de aparência ou forma, mas não mudança de essência. A transfiguração não transformou Jesus em Deus, mas mostrou aos discípulos aquilo que ele fora o tempo todo: “o verbo encarnado” (Jo 1.1; 17.1-5). Os discípulos observaram que “o seu rosto brilhou como o sol” (Mt 17.2). O texto revela também que “suas vestes resplandeceram” (Mt 17.2). Esses fatos põem em evidência a identidade do Messias, o Filho de Deus. Mateus detalha que durante a transfiguração “uma nuvem luminosa os envolveu” (Mt 17.5). O fato de que Mateus escreveu o seu evangelho para judeus, põe em evidência o fato de que Jesus é o Messias anunciado e isso pode ser visto na
manifestação da nuvem luminosa. No AT essa nuvem recebe o nome de “shekiná”, e relacionada com a manifestação da presença de Deus (Êx 14.19-20; 24.15-17; 1 Rs 8.10, 11; Ez 1.4; 10.4). Tanto Moisés como Elias, quando estiveram no Sinai, presenciaram a manifestação dessa glória. Todavia não como agora os discípulos estavam vivenciando (Êx 19; 24; 1 Rs 19). Vejamos simbolicamente algumas curiosidades sobre este acontecimento:

6.1 Moisés e a tipologia bíblica: No evento da transfiguração observamos que o texto destaca os nomes de Moisés e Elias (Mt 17.3). É perceptível nessa passagem que Moisés aparece como uma figura tipológica. De fato, Mateus procura mostrarisso quando põe em evidência o próprio Deus falando aqui: “A Ele ouvi” (Mt 17.5). Moisés pronunciou exatamente estas palavras quando se referia ao Profeta que viria depois dele: “O Senhor, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (Dt 18.15). A transfiguração revela que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a Lei apontava para Ele.
6.2 Elias e a tipologia bíblica: Elias aparece em um contexto escatológico. O texto de Malaquias 4.5-6 apresenta Elias como o precursor do Messias vindouro. O NT aplica a João, o Batista, o cumprimento dessa Escritura: “E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.17; Mt 11.14). Assim como Elias, João foi um profeta de confronto (Mt 3.7); um profeta ousado (Lc 3. 1-14) e um profeta rejeitado (Mt 11.18). A presença do Batista, o Elias que
havia de vir, era uma clara demonstração da messianidade de Jesus.

VII – ELIAS E O MESSIAS

Tanto os rabinos como o povo comum sabiam que antes do advento do Messias, Elias apareceria (Ml 4.5,6; Mt 17.10; 16.14). O relato de Mateus sugere que os escribas não reconheceram a Jesus como o Messias porque faltava um sinal que para eles era determinante — o aparecimento de Elias antes da manifestação do Messias (Mt 17.10). Como Jesus poderia ser o Messias se Elias ainda não viera? Jesus revela então que nenhum evento no programa profético deixara de ter o
seu cumprimento. Eis os detalhes proféticos cumpridos:
(a) Elias já viera e os fatos demonstravam isso (Mt 11.13,14). Elias havia sido um profeta do deserto, João também o foi;
(b) Elias pregou em um período de transição; João prega na transição entre as duas Alianças;
(c) Elias confrontou reis (1 Rs 17.1-2; 2 Rs 1.1-4); João da mesma forma (Mt 14.1-4);
(d) Mais uma vez ficara claro: João Batista “era o Elias” que havia de vir; e Jesus era o Messias.
Os intérpretes observam que havia uma preocupação dos discípulos sobre a relação do aparecimento de Elias e a manifestação do Messias. Esse fato é demonstrado na pergunta que eles fazem logo após descer o monte da transfiguração “E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?” (Mt 17.10). O fato é que a profecia referente a Elias falava de “restaurar todas as coisas” (Mt 17.11) e os discípulos não entendiam como o Messias tanto esperado pudesse morrer em um contexto de restauração. Cristo corrige esse equívoco mostrando que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas (Mt 17.12; Lc 9.31; F1 2.1-11).

CONCLUSÃO

Vimos, pois, que os eventos ocorridos durante a Transfiguração aconteceram para demonstrar que Jesus era de fato o Messias esperado, e que tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas, representado no texto pela figura de Elias,apontavam para a revelação máxima de Deus o Cristo, Jesus. Esses personagens tão importantes no contexto bíblico não possuem glória própria, mas irradiam a glória proveniente do Filho de Deus. Ele, sim, é o centro das Escrituras, do Universo
e de todas as coisas (Cl 1.18,19; Hb 1.3; F1 2.10,11).

Fonte : www.rbc1.com.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Adventismo do Sétimo Dia





Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, 
Colossenses 2:16

" O Cristão e a Lei de Moisés são assuntos já discutidos e bem definidos no Concílio de Jerusalém: a Graça nos Isenta do jugo da Lei. "

Jo 1.17
- A lei foi dada por Moisés
Jr 31.31-33 - As Escrituras previam a Nova Aliança
Mt 5.17 ; Rm 5.18 - A Lei cumprida em Cristo
Cl 2.14 - Cristo nos livrou da condenação da Lei
At 15.10-11 ; Rm 3.20 - Somos salvos pela graça e não pela lei
Gl 4.4-9 - O Evangelho nos isenta da Lei


"Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.
Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.
E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, Como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece. Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará." 
2 Coríntios 3:2-16

I. ORIGEM

1. William Miller :  Nasceu em 1782, em Pittisfield, estado de Massachussetts, EUA. Era de família batista. Em 1818, ele começou a anunciar que CRISTO voltaria á terra nos próximos 20 Anos. Em 1831, Miller proclamou que esse evento ocorreria em 23 de março de 1843. Tentou justificar a sua "profecia" em Daniel 8.13-14 interpretando as 2.300 tardes e manhãs como correspondendo a 2.300 anos a partir do retorno de Esdras a Jerusalém em 457 a.C.

2. William Miller e seu fracasso : Todavia, nenhuma de suas previsões se cumpriu. Procurando justificar-se, Miller explicou que se enganara nos cálculos. Em seguida, marcou nova data - 22 de outubro de 1844. Esta data também falhou.

3. Origem dos adventista do sétimo dia :  Miller arrependeu-se e procurou a igreja. Já reconciliado, foi servir a DEUS, vindo a falecer em 1849. O mal, porém, já estava feito. Vários grupos começaram a aparecer. Hiram Edson, Joseph Bates e James White com sua esposa Ellen Gould White eram os mais proeminentes dos movimentos adventistas.
         Joseph Bates, de New Hampshire, Washington, instituiu a observância do sábado. Enquanto isto, Ellen Gould White ia, na região de Portland, Maine, ganhando notoriedade com as suas "revelações e visões". Os três grupos juntos deram origem, em 1860, ao movimento conhecido como o Adventismo do Sétimo Dia.

II. A LEI DE MOISÉS 

1. Decálogo : O Decálogo é o esboço e a linha mestra da Lei de Moisés. Ele está registrado em Êxodo 20.1-17 e Deuteronômio 5.6-21. O termo vem de duas palavras gregas deka "dez" logos "palavra", usado na LXX para traduzir as expressão hebraica asseret hadevarim "as dez palavras" ( Ex 34.28 ; Dt 4.13 ; 10.4 ). "As dez palavras", nessas passagens, têm o sentido de "mandamento, pronunciamento, princípios". Por essa razão, o Decálogo ficou conhecido universalmente como "os dez mandamentos " que DEUS escreveu em pedras e entregou aos filhos da Israel, através de Moisés.

2. Qual a diferença entre lei moral cerimonial ?  Os adventistas dizem que a Lei de DEUS é o decálogo, e a de Moisés é o decálogo, e de Moisés é a lei cerimonial, ou seja: os demais preceitos, que não são universais.

a) Uma só lei : A Bíblia afirma que existe uma só lei. O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais e preceitos civis. È chamada Lei de DEUS, porque teve sua origem nEle. Lei de Moisés, porque foi Moisés o legislador que DEUS escolheu para promulgar a Lei no Sinai. Os preceitos, tanto do Decálogo como os fora dele, são chamados alternadamente de Lei de DEUS ou do Senhor e Lei de Moisés ( Lc 2.22-23 ; Hb 10.28 ). São, portanto, sinônimos e, por isso, não há distinção alguma ( Ne 8.1-2,8,18 ).

b) Preceito moral fora do Decálogo : Há principios que são imutáveis e universais. Não há para eles a questão de transculturação. Onde quer que o Evangelho for pregado tais princípios fazem-se presentes; são os preceitos morais ou éticos.
     Os dois maiores mandamentos são preceitos morais ( Mc 12.29-31). Entretanto, não constam do Decálogo; é uma combinação de Dt 6.4-5 com Lv 19.18. Por outro lado, encontramos no Decálogo o quarto mandamento, que não é preceito moral. JESUS disse que o sacerdote podia violar o sábado e ficar sem culpa ( Mt 12.5 ).

3. A lei cumpriu sua função :  O Senhor JESUS já cumpriu a lei ( Mt 5.17 ). O Concilio que Jerusalém determinou que os cristãos nada têm com a Lei ( At 15.10-11;20,29 ). O apostolo Paulo comparaou a liberdade cristã á lei do casamento ( Rm 7.1-3 ). Se uma mulher for de outro homem, estando seu marido vivo ainda vivo, é adúltera . Isso porque, está ligada á lei do marido. Por seguinte, não podemos estar ligados á lei e a CRISTO ao mesmo tempo. Por isso, estamos mortos para a Lei ( Rm 7.4 ).
         A função da lei foi patológica (descobrir a causa da doença): revelar o pecado no homem. Mas ela não pode curar ( Rm 3.19-20 ; Gl 2.16 ; 3.24 )

4. Observar a lei é desvio : O apóstolo Paulo chamou a lei de ministério da morte gravado em pedras ( 2 Co 3.7 ), ministério da condenação ( 2 Co 3.9 ) e transitório ( 2 Co 3.13 ). O Antigo Testamento já foi abolido por CRISTO ( 2 Co 3.14 ). Buscar a salvação pela observância da Lei é desviar-se do cristianismo bíblico ( Gl 5.1-4 ). Observe, porém, que Paulo não criticou a lei; reconhecia a santidade da Lei ( Rm 7.7,14 ). Oque ele diz é que ela é impotente para salvar, pois sua função é outra.

III. ESPÍRITO DE PROFECIA

1. Escrito de Ellen Gould White :  Para os adventistas do sétimo dia, os escritos da Sra. Ellen Gould White têm a mesma autoridade da Bíblia. Afirmam que a expressão "o testemunho de JESUS é o espírito de profecia " ( Ap 19.10 ) é uma alusão aos escritos da Sra. White. Crêem que suas obras têm "aplicação e autoridade especial para os adventista", e negam que "a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagrasdas".

2. Plágios da Sra. White : Boa parte das obras da Sra. White são plágios.

a) Plágio comprovado :  Walter T. Rea, em sua obra The White Lie ( A mentira Branca), apresenta tabelas intermináveis desses plágios. Entretanto, os adventistas do sétimo dia continuam a receber as obras da Sra. White com a mesma autoridade da Bíblia. Além dos plágios, há inúmeros erros e contradições em seus escritos.

b) Defesa dos teólogos adventistas : Sabendo que o plagiador está desclassificado como servo de DEUS, os teólogos adventista têm feito um esforço concentrado para salvar a imagem de sua profetisa. Alguns deles apelaram para as passagens de 2 Reis 18 e Isaías 39, para justificar o plágio da Sra. White. Como se sabe, ambos os textos são idênticos. Acontece que, em nenhum lugar do livro dos Reis, se menciona o nome de seu autor. E, quem pode garantir do próprio que não é de autoria do próprio Isaías, uma vez que o profeta foi assistente do  rei Ezequias ?

IV. CRENÇAS ERRÔNEAS 

1. Bode emissários : Os adventistas dizem que o bode emissário, do Dia da expiação, representa Satanás. Assim colocam Satanás como autor  da redenção. Moisés prescreveu que, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote apresentasse dois bodes para o sacrificio ( Lv 16.5,10 ). Um deles seria imolado, e o outro enviado para o deserto - o bode emissário, azazel, em hebraico. Convém lembrar que os dois bodes eram igualmente apresentados, não apenas um. Isso representava o sacrifício de JESUS pela expiação de nossos pecados. A Bíblia diz que foi JESUS quem levou nossos pecados ( Is 53.4-6 ; Mt 8.16-17 ; Jo 1.29 ; 1 Pe 2.24 ; 3.18 ).

2. O sábado : A questão não é o sábado em si, mas o fato de que não estamos debaixo do Antigo Concerto ( Hb 8.6-13). O que nos chama a atençaõ é que, ultimante, estão surgindo novos pseudocristãos que, entre outras coisas, ensinam a guarda da Lei e do sábado. Isso é retrocesso espiritual; é voltar ás práticas antigas.

a) O sábado foi abolido : A Palavra profética previa a chegada do Novo Concerto ( Jr 31.31-33 ) e o fim do sábado ( Os 2.11 ), que se cumpriu  em JESUS ( Cl 2.14-17 ). Por essa razão, o sábado não aparece nos quatros preceitos de Atos 15.20,29. O texto de Colossenses 2.16-17 deita por terra todas as teses dos adventistas do sétimo dia.

b) O sábado cerimonial : Os adventistas afirmam que o sábado mencionado em Colossenses 2.16 é cerimonial. As festas judaicas eram anuais, mensais, ou luas novas ( pois a lua nova aparace a cada 28 a 30 dias, e com ela se principia o novo mês) e semanais ( 1 Cr 23.31 ; 2 Cr 2.4 ; 8.13 ; 31.3 ; Ez 45.17 ). Veja que o texto diz: "...por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados".
       O Sábado cerimonial, ou anual, já está incluído na expressão "dias de festa", que são as festas anuais, "lua nova", mensais e "sábados", festa semanal. No versiculo seguinte o apostolo diz : " Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de CRISTO" ( Cl 2.17 ). Isto é : são figuras das coisas futuras, que se cumpriram em JESUS. Foi por isso que JESUS afirmou ser Senhor do Sábado ( Mc 2.28 ).

c) Constantino e o Domingo : Dizem que o imperador romano, Constantino, trocou o sábado pelo domingo. Isso não é verdade. A palavra " domingo", por si só significa "Dia do Senhor". Porque foi nele que JESUS ressuscitou ( Mc 16.9 ). O primeiro culto cristão aconteceu num domingo ( Jo 20.1 ) e o segundo também ( Jo 20.19-20). Os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana ( At 20.7 ). Assim, essa prática foi se tornando comum, sem decreto e sem imposição. Foi algo espontâneo. Constantino apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.
     
CONCLUSÃO

Para nós, portanto, cada é sábado, pois em CRISTO repousamos todos os dias da semana ( Hb 4.11 ). A palavra hebraica para "domingo" é Yom Rishon, que significa "Dia  Primeiro".
      Os adventistas negam ainda a existência do inferno e a imortalidade da alma. Sobre a doutrina do sono da alma.

Fonte : Lição Biblica Jovens e Adultos 2ª Trimestre de 1997 ( Págs. 43-47 ).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O LEGADO DE ELIAS






I – O QUE SIGNIFICA LEGADO
O dicionário Aurélio traduz a palavra “legado” da seguinte forma: “dádiva deixada em testamento; valor previamente determinado, ou objeto previamente endividado, que alguém deixa a outrem por meio de testamento”. No contexto da nossa lição, a palavra legado diz respeito a herança moral, ministerial e espiritual que o profeta Elias, deixou para o seu sucessor Eliseu, bem como também para todos os servos de Deus em todas as épocas.

II – QUAL FOI O LEGADO DE ELIAS

Elias como um profeta de Deus, deixou como legado seu exemplo de vida, seu caráter. O Aurélio define a palavra “caráter” como: “o conjunto de traços particulares, o modo de ser de um indivíduo; índole; natureza”. A Bíblia nos revela o caráter moral, ministerial e espiritual deste homem de Deus. Vejamos cada um deles detalhadamente:

2.1 Moral. Esta expressão diz respeito aos “princípios que regem a vida do ser humano, mostrando o que é certo e o que é errado” (ANDRADE, 2006, p. 270). Elias manteve-se íntegro num período de tanta apostasia sob o governo de ímpio rei Acabe e da maldosa Jezabel (I Rs 16.30,31). Ele mesmo descreve-se como um servo muito zeloso pelo Senhor (I Rs 19.10).
2.2 Ministerial. Já vimos que, Elias recebera de Deus o chamado para ser profeta (I Rs 17.1). O registro bíblico nos mostra que ele exerceu seu ministério como um verdadeiro mensageiro de Deus, pois anunciou que haveria seca sobre Israel, apoiado na Escritura, como sentença pela indiferença espiritual (Dt 28.23,24; II Cr 7.13); denunciou a idolatria de Acabe (I Rs 18.18); confrontou Acabe e os profetas de Baal e Aserá no Monte Carmelo a fim de erradicar a adoração ao ídolo e mostrar para Israel quem era o verdadeiro Deus (I Rs 18.19-40); e fez conhecida a injustiça cometida contra Nabote, pronunciando a sentença por
este pecado (I Rs 21.17-24).
2.3 Espiritual. O profeta Elias se tornou uma referência espiritual. Ele é chamado diversas vezes de “homem de Deus” (I Rs 17.18,24; II Rs 1.6,9,11,13). Isto também porque as palavras proféticas que saiam da sua boca vinham da parte de Deus,
porque tinha real cumprimento, eis algumas:
(1) Elias profetizou que não choveria e não choveu (I Rs 17.1-b);
(2) Em seguida anunciou que choveria e realmente choveu (I Rs 18.41,45);
 (3) falou a viúva de Sarepta que a farinha e o azeite da botija não faltaria e não faltou (I Rs 17.14-16);
(4) Orou a Deus pela ressurreição do filho desta mesma viúva e ela asseverou: “...nisto
conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (I Rs 18.24);
 (5) No monte Carmelo clamou por fogo e o fogo caiu sobre o altar (I Rs 18.36,38).

III – O REMANESCENTE FIEL NO TEMPO DE ELIAS

A grande apostasia no Reino do Norte durante o reinado de Acabe e as ameaças de Jezabel aos profetas de Deus, levou o profeta Elias, em sua fragilidade, algumas vezes, fazer declarações precipitadas, pensando ele que era o único servo de Deus
que restara “...só eu fiquei por profeta do Senhor...” (I Rs 18.22). Confira também (I Rs 19.10,14). No entanto, a voz divina assegura ao profeta que havia um remanescente que não tinha se corrompido com a adoração a Baal (I Rs 19.18). Entre os sete mil adoradores verdadeiros, podemos citar o nome de alguns, vejamos:
 Micaías. Havia no palácio de Acabe profetas falsos que comiam da mesa de Jezabel, e profetizavam apenas o que lhe agradava (II Cro 18.5; I Re 18.19). No entanto, existia também um profeta do Senhor, o seu nome é Micaias que significa: “quem é como Deus”. Ele era um mensageiro de Jeová que se opunha severamente a práticas do rei Acabe como este mesmo declara (I Rs 22.8). Ele se manteve fiel ao que Deus lhe mandava dizer (II Rs 22.14,28), apesar de lhe custar prisão, espancamento e privações (I Rs 22.24, 27).
 Obadias. Seu nome significa “servo de Jeová”. Apesar de ser um “mordomo” do monarca Acabe (I Rs 18.3,5). Este homem, temia muito a Deus e aos homens de Deus (I Rs 18.7). Ele ajudou a ocultar os servos do Senhor a fim de que não fossem mortos por Jezabel (I Rs 18.13).
 Eliseu. Seu nome quer dizer “Deus é salvação”. Sem dúvida alguma, para que Deus escolhesse Eliseu para ser sucessor do profeta Elias, ele deveria ser um servo fiel. Observa-se isso também pela sua atitude ao receber o chamado divino, quando obedeceu sem hesitar, despedindo-se deu seu pai e mãe, mostrando assim ser um bom filho (I Rs 19.20,21).

IV – A ESCOLHA, A FORMAÇÃO E A CAPACITAÇÃO DE ELISEU PARA PROFETA

Não resta dúvidas de que Elias exerceu um ministério extraordinário no Reino do Norte, pois ele foi responsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade espiritual, fazendo com que Israel pudesse testemunhar que só o Senhor é Deus. Contudo, assim como todos os homens levantados por Deus, seu ministério estava chegando ao final, por isso necessitava de um substituto. Para isso, Elias não agiu por conta própria, ele só o fez quando e como a voz divina lhe orientou a fazer,
quando lhe disse: “...e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar” (I Rs 19.16). Diante da da ordem divina, Elias prontamente se dispôs a cumprir (I Rs 19.19). A maneira como Deus utiliza-se de Elias para separar Eliseu está registrada em (I Rs 19.19-21), este texto nos mostra pelo menos três aspectos da vocação divina, vejamos quais são:
4.1 Chamada. A palavra “chamar” no hebraico é “qãrã” que significa “chamar alguém, convidar, convocar”. O Senhor chama quem Ele quer, inclusive pessoas simples (Am 7.14; I Sm 16.11). Eliseu, por exemplo, trabalhava arando terra (I Rs 19.19-a). A escolha de Eliseu foi uma expressão da soberania do Senhor (I Rs 19.16), e ele a fez através de Elias (I Rs 19.19). A Bíblia registra que ao aproximar de Eliseu “...Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele” (I Rs 19.19-b). O manto de Elias era feito de peles de animais recobertas de pêlos. Usualmente era empregado o couro de cabra, com os pêlos do lado de fora. Esse manto era parte distintiva das vestes de um profeta e o identificava como vidente (II Rs 1.8; Zc 13.4; Mt 3.4). Acreditavase que o poder espiritual era transferido ao profeta por meio do seu manto (II Rs 2.13,14). Naturalmente pensamos que isso era um ato meramente simbólico, mas nos tempos antigos as mantas dos profetas eram consideradas seriamente objetos de poder.
(CHAMPLIN, 2001, p. 1445).
4.2 Formação. Apesar de receber a chamada de Deus, Eliseu não estava pronto. Ele precisava ser formado por Elias. A expressão “formar” do hebraico “yatsar” significa: “formar, moldar, modelar”. Como podemos ver, Eliseu não demorou para entender isso pois receber o chamado prontificou-se a seguir e servir o homem de Deus “...então se levantou e seguiu a Elias, e o servia” (I Re 19.21-b). Eliseu se tornou um servo e aprendiz de Elias. Ele tinha servido bem à sua família. Agora seria fiel
e útil ao profeta. Daquele dia em diante Eliseu passou a andar junto de Elias, acompanhando passo a passo sua maneira de proceder (II Re 2.1-6) e servindo-o naquilo que era necessário, de maneira que quando alguém se referiu a Eliseu disse: “...aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias” (II Rs 3.11-b).
4.3 Capacitação. Ao andar junto de Elias, Eliseu percebeu que além da chamada que havia recebido e da formação que estava recebendo do profeta, era necessário algo mais: a capacitação. Por isso antes de ser tomado, num redemoinho aos céus, o profeta Elias perguntou-lhe o que ele queria que lhe fosse dado, e Eliseu respondeu: “...peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim” (II Re 2.9-b). Elias então disse a Eliseu que isto fora um pedido difícil, no entanto, seria concedido se ele o visse subir ao céu, o que aconteceu em seguida (II Re 2.10-12). Agora, o profeta Eliseu, ao pegar a capa de Elias, foi
conferir se a capacidade divina de fato estava sobre ele, então deu com a capa no rio Jordão, que abriu ao meio imediatamente (II Re 2.14). Não foi necessário Eliseu dizer que estava capacitado, os filhos dos profetas reconheceram isso: “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu.” (II Re 2.15-a).

V – O QUE PODEMOS APRENDER COM O CHAMADO DE ELISEU

5.1 Disponibilidade. Eliseu não recusou o chamado divino. Quando Elias lhe lançou a capa, ele se mostrou disponível “e correu após Elias” (I Rs 19.20-a). Ao recebermos o chamado divino devemos estar disponíveis seja para o que for. Tal qual o profeta Isaías diante do clamor divino, devemos responder: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8-b).

5.2 Renúncia. Apesar de ter um trabalho e de amar a sua família, Eliseu demonstrou estar disposto a renunciar o que fosse preciso para atender a convocação divina “Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei” (I Rs 19.20-a). Tal como os discípulos de Jesus abandonaram suas redes de pescar e puseram-se a segui-lo (Mt 4.20). Esta deve ser uma característica de todo aquele que de modo semelhante recebe o chamado divino. Eliseu se desfez completamente daquilo que exercia antes de receber o chamado divino, mostrando-nos claramente que
dali por diante sua tarefa era outra (I Rs 19.21).
5.3 Serviço. O chamado de Eliseu nos ensina que ao sermos chamados por Deus devemos estar dispostos a servir. Eliseu como aprendiz aprenderia a exercer o seu chamado servindo a Elias (I Rs 19.21). Deus prepara o homem que vai usar através de um homem que já é usado por Ele. A Bíblia cita exemplos dessa verdade, eis alguns exemplos: Josué foi preparado por Deus servindo Moisés (Êx 24.13; 33.11; Nm 11.28; Js 1.1); Samuel serviu a Eli (I Sm 2.11; 3.1); Timóteo servia a Paulo, a quem ele chama de filho (I Co 4.17; I Tm 1.2,18; II Tm 1.2; 3.14).

CONCLUSÃO

Elias, sem dúvida alguma, foi um homem extraordinariamente usado por Deus. Seu exemplo de vida, caráter e ministério se constitui numa herança que o servo do Senhor deixou não somente para os seus contemporâneos, mas também para todos aqueles que são chamados por Deus para uma obra específica. A chamada de Eliseu por sua vez, nos ensina como devemos proceder ante o chamado divino.

Fonte: www.rcb1.com.br

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Espiritismo




" E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo," 
Hebreus 9:27

Através da doutrina da reencarnação, o Espiritismo tira todos os méritos de CRISTO como o Salvador da humanidade.

Lv 19.31; 20.27 - Toda forma de adivinhação é condenada na Bíblia
Os 4.12 - Adivinhar utilizando vara - rabdomancia
Ez 21.21 - Adivinhar utilizaqndo vara - fígado hepatoscopia
Gn 44.5 - Adivinhar utiliazando água - hidromancia
2 Rs 17.16 ; Is 42.13 - Adivinhar mediante os astros - astrologia


Leitura 


"Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o SENHOR teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR teu Deus não permitiu tal coisa."   Deuteronômio 18:9-14

1. HISTÓRIA 

1. As irmãs Fox : A doutrina da reencarnação é muito antiga; vem desde o hinduísmo, passando pela Grécia antiga. Foi em 1848, em Hydevisllle, Estados Unidos, que as irmãs Margaret e Kate Fox afirmaram ver as mesas girando, e ouvir pancadas na casa em que moravam. Faziam perguntas e estas eram respondidas mediante estalidos de dedos. Elas tiveram a sensação de estar se comunicando com o mundo invisível ( diziam as mesmas ).

2. Allan Kardec : Seu nome verdadeiro era Hipolyte Léon Denizard Rivail, médico e professor francês. Nascido em 1804, lançou a sua primeira obra O livro dos Espíritos, em 1857.  Influenciado por um amigo, passou a frequentar reuniões espíritas  e, por fim, tornou-se méduim. Em 1958, organizou em Paris a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Adotou o nome Allan Kardec, alegando ser este o sei nome na outra encarnação.

3. No Brasil : Antes mesmo da morte de kardec, em 1869, Luíx Olímpo Teles de Menezes fundou em Salvador, BA, o primeiro centro espírita, em 1865. Em 1873, foi fundada no Rio de janeiro uma sociedade espírita, da qual surgiram outro grupos. Dez Anos depois, começaram a publicar a revista O reformador que, ainda hoje, é o órgão oficial dos espíritas brasileiros.

4. Diversos Grupos espíritas :  Entre os grupos espíritas no Brasil, podemos mencionar, além do espiritismo kardecista, as seguintes ramificações : Legião da Boa Vontade, Ordem Rosacruz, Racionalismo Cristão, Cultura Racional, Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, além dos cultos afro-brasileiros. Estes últimos não se consideram espíritas, mas Allan Kardec define, como espírita, todo aquele que crê nas manifestações dos espíritos.

5. Legião da Boa Vontade : As mensagens dos programa dessa instituição parecem evangélicas, mas, como as demais seitas, o JESUS deles não é o esmo revelado no Novo Testamento.

a) Doutrinas : Negam a personalidade do Espírito Santo e a infalibilidade da Bíblia, o parto de Maria e, portanto, a humanidade de CRISTO. Por Causa da sua crença na reencarnação. negam a deidade de CRISTO e a doutrina do inferno.

II. ESPIRITISMO X CRISTIANISMO

1. Espiritismo e Cristianismo : Allan Kardec ensina que o Espiritismo é a terceira revelação de DEUS á humanidade. Segundo ele,

1. Moisés, foi a Primeira revelação
2. CRISTO, foi a segunda
3. Kardec, a terceira

Porém, na Biblia há um abismo intransponível entre o Espiritismo e o Cristianismo.

2. Reencarnação :  No mundo do ocultismo, outras palavras e expressões são usadas para designiar a reencarnação : transmigração, renascimento, metempsicose.

a) Popularidade da crença : Hoje, a crença na reencarnação tornou-se muito popular, inclusive por que ela ( segundo eles ) visa aperfeiçoar a humanidade no sentido moral, espiritual e até fisico. Alguns deles crêem que a pessoa pode encarnar-se num animal ou mesmo num inseto. Os adeptos de Hare Krishna, por exemplo, não matam uma barata, pois correm risco de estar matando a própria avó. O Kardecismo não crê na transmigração das almas; ensinam que os espíritos somente reencarnarm-se em seres humanos, sejam estes homens ou mulheres.

b) O Sofrimento Humano : Os espíritas jactam-se de ter a explicação para o fenômeno do sofrimento humano. Quem nasce com defeito fisico, por exemplo, é sinal que está incluso da lei do carma. Isto é : uma espécie de lei complicada de causa e efeito. Essa pessoa está pagando o que em outras encarnações, e, assim, terá de prosseguir até aperfeiçoa-ser. Por essa razão, procuram ser generosos, fundam creches e dão assistência aos necessitados. Reencarnações e Boas Obras são os meios para salvação, segundo eles.
   Embora seja a nossa obrigação praticar as boas obras, precisamos entender, de uma vez por todas, que elas não salvam. A Salvação vem única e exclusivamente através da fé nos méritos de Cristo JESUS.

c) Resposta Bíblica :  A Bíblia diz que a reencarnação não existe ( Hb 9.27 ), que consultar os mortos é violar as leis de DEUS ( Lv 19.31 ; 20.27 ; 2 Rs 20.1-6 ; 23.24 ). Quando os discípulos de JESUS lhes perguntaram quem havia pecado, se o cego de nascença ou seus pais, a resposta de JESUS foi clara, destruindo completamente o argumento espírita : "Nem ele pecou, nem seus pais" ( Jo 9.3 ). Além disso, seria muito cruel alguém padecer sem saber o por quê. 
    Quanto a essa suposta encarnação, ninguém se lembra, porque simplesmente ela não existe. Os que alegam terem vivido noutras encarnações, entram em tantas contradições em seus relatos, demonstrando claramente que tudo isso não passa de um perigoso  engano que pode custar, inclusive, a eternidade da pessoa.
      A Salvação é pela fé em JESUS, e não pelas obras ( Ef 2.8-9 ; Tt 3.5 ). O sacríficio de JESUS pode salvar perfeitamente os que se aproximam dEle ( Hb 7.25 ).

III. PASSAGENS BÍBLICAS UTILIZADAS PELOS KARDECISTAS

1. Bíblia :  Eles recusam aceitar a Bíblia como a infalível Palavra de DEUS, principalmente onde ela condena as práticas espíritas. Mas quando o assunto lhes interessa, aí resolvem citar a Bíblia. Mas suas interpretações bíblicas são esotéricas; completamente fora da hermenêutica sagrada.

2. Saul e a médium de En-Dor : Eles reivindicam o texto de 1 Samel 28, onde se narra o episódio de Saul e a feiticeira, para consubstanciar suas crenças. Mas á luz do contexto bíblico, ela falou com os "deuses" que subiam e não com samuel. Só depois que a médium viu o suposto Samuel é que reconheceu a Saul ( 1 Sm 28.12 ).

a) Saul consultou a feiticeira e não a Samuel: DEUS não respondeu a Saul nem por sonhos, nem por Urim e nem por profeta ( 1 Sm 28.6 ). A Biblia afirma que Saul consultou a "feiticeira" e não a Samuel nem ao Senhor ( 1 Cr 10.13-14 ).

b) As Profecias que não se cumpriram ( 1 Sm 28.19 ). " Amanhã tu e teus filhos etareis comigo ". Saul não morreu no dia Seguinte, segundo a nota de rodapé da Bíblia Vida Nova. Ele morreu 18 dias depois dessa sessão espírita. Também não morreram todos os seus filhos ( 1 Sm 28.19 ): Isbosete, Armoni e Mefibosete ( 2 Sm 2.8-10;21.8 ) sobreviveram.
    Por outro lado, temos de convir que um desviado que se suicida não vai para o mesmo lugar onde se encontra um profeta de DEUS. Saul, pois, não foi para junto de Samuel. Notemos ainda que ele não foi entregue nas mãos dos filiteus; ele preferiu suicidar-se ( 1 Sm 28.19 ;34.4 ). Mais tarde, os homens de Jabes-Gileade sepultaram-lhe o corpo ( 1 Sm 31.11-13). DEUS não deixou cair por terra nenhuma palavra de Samuel ( 1 Sm 3.19 ).
    Por seguinte, a entidade que dialogou com a feiticeira  era um espírito demoníaco disfarçado de Samuel, como acontece nas sessões espíritas ainda hoje.

3. Elias e João Batista ( Mt 17.1-13 ) :  Os espíritas têm feito grandes alardes com relação a esta passagem para justificar  a falsa doutrina da reencarnação. Eles, porém, não se dão conta de que Moisés morrera cerca de 1400 antes, reaparecendo como o mesmo Moisés, e não como uma reencarnação. Elias sequer morreu ( 2 Rs 2.11 ). João Batista veio na virtude e no espírito de Elias ( Lc 1.1,17 ), pois se vestia como Elias : Vestes de pêlo e cinto de Couro ( 2 Rs 1.8 ; Mt 3.4 ). Ambos eram homem do deserto ( 1 Rs 19.9-10 ; Lc 1.80 ); eram de igual modo contundentes em suas palavras e pregaram contra reis ímpios ( 1 Rs 21.20-27 ; Mt 14.1-4 ). O Próprio João, consciente de sua identidade e missão ( Jo 1.26-27,32-33 ), disse que não era Elias ( Jo 1.21 ).

IV. O CHAMADO BAIXO ESPIRITISMO 

1. Cultos Afro-brasileiros :  Os Cultos afro-brasileiros chegaram ao Brasil através dos escravos africanos, na era colonial. Os três principais grupos são : Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Eles não se consideram espíritas. O chamado alto espiritismo não lida com adivinhação, como búzios, quiromancia, nem com diversos ramos de cartomancia e outras formas de adivinhação. A coluna vertebral desse ramo espírita é a reencarnação e a necromancia condenadas pela Bíblia ( Dt 18.11 ). Da mesma forma os cultos afro-brasileiros são feitiçaria, pois todos mexem com encantamentos, espíritos e magias ( Dt 18.11 ). Isaías descreve com precisão essas práticas condenadas pela Palavra de DEUS ( Is 65.3-5 ).

2. Umbanda : Aqui, há uma mescla de raças. Há elementos indígenas - pajelança, bebidas, ervas para banhos, charutos etc.; elementos africanos - candomblé; e elementos brancos - as imagens do catolicismo romano. Os orixás correspondem aos santos da Igreja Católica.

3. Candomblé : È um ramo tipicamente africano. Há variedades em suas práticas, poque vieram de várias regiões da Àfrica. Umbanda e Candomblé são chamados de Xangô em alguns estados do Nordeste, como Alagoas e aqui em Pernambuco, e no agreste nordestino são conhecidos como Catimbó.

4. Quimbanda : È a magia negra. O deus principal deles é Exu, Lúcifer, Beelzebu é o próprio Satanás. O culto deles é prestado diretamente a satanás. Diferentemente da Umbanda e do Candomblé, estes adoram a satanás, mas de maneira disfarçada.

CONCLUSÃO 

Os adeptos dos cultos afro-brasileiros são mais receptivos aos evangelhos de JESUS do que os kardecistas. Os adeptos do chamado alto espiritismo são arrogantes e presunçosos. Eles acham que já têm o Evangelho Segundo Allan Kardec, e daí pensam que não precisam de JESUS.


Fonte : Lição da Escola Biblica Dominical ( Seitas e Heresias - Ano 1997 )