domingo, 28 de fevereiro de 2016

A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA - 1º TRIMESTRE DE 2016




E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
Mateus 24:29,30


E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.
E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.
Apocalipse 19:19,20


E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.
Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.
E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

Apocalipse 20:1-3



I – A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA

É o momento em que Cristo virá para implantar o Reino Milenar após os 7 anos das bodas do Cordeiro (Is 63.1; Dn 7.13-14; Zc 12.10; Mt 26. 64; Ap 19.11). Jesus já veio uma vez em carne, e foi crucificado, morreu e ressuscitou e virá novamente até as nuvens no primeiro momento para arrebatar a Igreja (1Ts 4.14-17; 1Co 15.51-52). Após o Arrebatamento haverá a Grande Tribulação, e quando os judeus estiverem quase perecendo por causa da perseguição efetuada pelo Anticristo, o Senhor Jesus irromperá nas nuvens pela segunda vez com “poder e grande glória”, e desta vez, virá até a Terra para salvar a Israel dos seus inimigos, julgar as nações, aprisionar o falso profeta e os demônios com Satanás por mil anos e implantar o Reino Milenial no “grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5). Nessa Sua segunda volta, Jesus virá acompanhado por um imenso corpo de hostes celestiais chamados de “os exércitos do céu” (Jd 14; Ap 19.14; Zc 14.5c), são os crentes que foram arrebatados antes da Grande Tribulação (Jo 14.1-4), como também os anjos que virão com Ele do céu a terra (Mt 25.31) (LAHAYE, 2009, p. 414).

II - AS PROFECIAS E A SEGUNDA VINDA EM GLÓRIA 

A segunda vinda em glória de Jesus é inevitável pelas profecias. O grande grupo de profecias que ainda não foram cumpridas torna a segunda vinda de Jesus em glória absolutamente inevitável. Notemos o que diz as profecias:

2.1 O cumprimento das profecias. Foi prometido que Ele mesmo virá (At 1.11); Ele voltará a este mundo ao mesmo monte das Oliveiras, de onde ascendeu (Zc 14.4);

virá em chama de fogo (2Ts 1.8)

nas nuvens do céu com grande poder e glória (Mt 24.30; lPe 1.7; 4.13)

Ele se levantará sobre a terra (Jó 19.25)

Seus santos (a igreja) virão com Ele (lTs 3.13; Jd 14)

todo o olho o verá (Ap 1.7)

Ele destruirá o anticristo (2Ts 2.8)

Ele se assentará no Seu trono (Mt 25.31; Ap 5.13)

todas as nações serão reunidas perante Ele para serem julgadas (Mt 25.32)

Ele terá o trono de Davi (Is 9.6,7; Lc 1.32; Ez 21.25-27; Jr 23.5,6)

Ele terá um reino e reinará sobre todos os seus santos (Dn 7.13-14; 18-27; Ap 5.10)

todos os reis e nações o servirão (SI 72.11; Is 49.6,7; Ap 15.4)

os reinos deste mundo se tornarão o Seu reino (Zc 9.10; Ap 11.15)

a Ele correrão os povos (Gn 49.10)

 todo o joelho se dobrará diante Dele (Is 45.23)

 as nações subirão para adorar o Rei (Zc 14.16; SI 86.9)

 Ele edificará Sião (SI 102.16)

 Seu trono será em Jerusalém (Jr 3.17; Is 33.20,21)

 os apóstolos se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.28-30)

 Ele governará todas as nações (SI 2.8,9; Ap 2.27)

Ele reinará em juízo e justiça (SI 9.7)

o templo em Jerusalém será reconstruído (Ez 40-48)

e a glória do Senhor entrará Nele (Ez 43.2-5; 44.4; Is 40.5)

 o deserto se transformará em pomar e florescerá como a rosa (Is 32.15; 35.1,2).


III – OS PROPÓSITOS DA VOLTA TRIUNFAL E GLORIOSA DE JESUS 

Todo o plano de aliança com Israel, ainda não cumprido, torna obrigatória a segunda vinda do Messias à terra. O princípio do cumprimento literal torna o retorno de Cristo essencial. A Bíblia descreve vários propósitos pelos quais “Jesus virá com poder e grande glória”, e entre eles podemos pontuar alguns. Vejamos:

  • Jesus irá libertar e abençoar a criação (Rm 8.19, 21-22); 

• Mostrar a sua grande glória aos povos (Mt 16.27; 2Ts 1.7-10; Tt 2.13) 

• Ressuscitar os mártires da Grande Tribulação (Ap 13.15; 20.4-5);

• Salvar e livrar Israel da destruição total (Zc 7-9; Mt 23.39; Rm 11.26,27);

• Fazer cumprir a segunda parte da profecia de Ezequiel quando o espírito reviveu os ossos secos (Ez 37.10); 

• Trazer a vida nacional e espiritual ao povo de Israel (Is 66.7.8; Hb 8.8-10; 10.16,17) 

• Lançar o Anticristo e o Falso Profeta no lago de fogo (Is 66.15,16; Ap 19.19,20);

• Realizar o juízo conhecido como Julgamento das Nações Vivas (Mt 25.31-33; Jl 3.1-2, 12);

• Trazer juízo e justiça contra os ímpios (Is 26.21; 63.1-6; Jd 14,15);

• Destruir o império do Anticristo esmiuçando pela pedra cortada sem auxílio de mãos (Dn 2.44,45; At 4.11)

• Implantar o Reino Milenar (Ap 20.4);

• Prender Satanás no abismo por mil anos (Mt 25.41; Ap 19.20; 20.1-3).

IV - AS DUAS FASES DA VINDA DE JESUS 

Segundo as Escrituras, a segunda vinda terá duas fases, a saber:

  a) Arrebatamento da Igreja. “Aguardando a bem-aventurada esperança...” e

  b) Aparecimento em glória. “... o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).

A Manifestação de Cristo em poder e grande glória não deve ser confundida com o Arrebatamento, pois, a segunda vinda de Cristo em glória dar-se-á em duas fases distintas, uma antes, e outra depois da Grande Tribulação (GILBERTO, 2009, pp. 230, 489). Didaticamente podemos dividir em duas fases:

  4.1 A primeira fase da segunda vinda. Esta fase destina-se à Igreja e será invisível, e é chamada de “encontro” ou “arrebatamento” (1Ts 4.17). Nesta ocasião ocorrerá a ressurreição dos que morreram em Cristo (1Ts 4.16); os crentes vivos serão transformados. Seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53) e tanto os crentes ressurretos como os que foram transformados, serão arrebatados para encontrar-se com Cristo nos ares (1Ts 4.17). Cristo, em sua primeira vinda (encarnação), resgatou-nos do domínio do pecado (Rm 6.14), ressuscitou para a nossa justificação (Rm 4.25), fundou a sua Igreja (Mt 16.18) e ascendeu ao Céu (At 1.7-11).

4.2 A segunda fase da segunda vinda Esta fase acontecerá sete anos depois do arrebatamento, ou seja, após a Grande Tribulação.  O regresso de Cristo, desta vez, será visível e glorioso e todos verão a Jesus (Zc 12.10; 13.1,2; 14.3,4; Mt 24.30; 26.64; Ap 1.7). Seu primeiro toque a este mundo será no Monte das Oliveiras, como está escrito pelo profeta Zacarias (14.14) e Cristo virá acompanhado com os seus santos e com os anjos (Mt 25.31; Ap 19.11-16).

V - DIFERENÇA ENTRE O ARREBATAMENTO E A VINDA DE CRISTO EM GLÓRIA É preciso distinguir os dois momentos da vinda de Jesus: o Arrebatamento (nos ares - invisível), para a noiva e a Vinda em Glória (à Terra - visível), com a esposa (Ap 19.7). Comparemos as seguintes diferenças: ARREBATAMENTO “Parousia”

(1ª FASE INVISÍVEL) VINDA EM GLÓRIA “Epiphanéia” (2ª FASE VISÍVEL) Será antes da Tribulação (1Ts 5.9; Ap 3.10). Será depois da Tribulação (Ap 6-19). O Senhor vem para a Igreja (Jo 14.2,3). O Senhor vem com a Igreja (Jd 14; Zc 14.5). O Senhor vem como ladrão (Ap 16.15). O Senhor vem como relâmpago (Lc 17.24). Os crentes encontrarão o Senhor nos ares (1Ts 4.17). Os crentes vão retornar com o Senhor à terra (Ap 19.14). Ocorrerá a qualquer dia (1Co 15.50-54; Tt 2.13; 1 Ts 4.13- 18). Ocorrerá 7 anos após o arrebatamento. O Senhor vem num piscar de olhos e será secreto (1Co 15.52). O Senhor virá publicamente e todo olho O verá (Ap 1.7). Vai ser visível a todos (Ap 1.7; Mt 24.29-30). O Arrebatamento é a remoção dos crentes da terra como um ato de libertação (1Ts 4.13-17; 5:9). A Segunda Vinda inclui a remoção dos incrédulos como um ato de julgamento (Mt 24.40-41). No arrebatamento Ele vem para libertar a Igreja (1Ts 1.10). Em Sua vinda Ele vem para libertar Israel (Sl 6.1-4). No arrebatamento Ele vem nos ares para a Sua Igreja, pois ela é o Seu povo celestial (1 Ts 4.15-18; Tt 2.14). Em Sua vinda Ele volta à terra no local chamado Monte das Oliveiras para Israel, que é o Seu povo terreno (Zc 14.4,5). O Senhor reunirá os seus santos (1 Ts 4.15-18; 2 Ts 2.1). Os seus anjos reunirá os eleitos de Israel (Mt 24.30,31). O Senhor levará os crentes para fora deste mundo deixando para trás os ímpios (Jo 14.2,3). Os ímpios são tirados do mundo para julgamento e os crentes são deixados para desfrutar de bênçãos na terra (Mt 13.41-43; 25.41). Ele vem para libertar a Igreja da ira vindoura (1Ts 1.10). Em Sua vinda Ele vem para derramar a Sua ira (Ap 19.15). Ele vem como o Noivo, para receber Sua noiva, a Igreja (Mt 25.6,10; Jo 14.3). Em Sua vinda Ele vem como o Filho do Homem em juízo sobre aqueles que o rejeitaram (Mt 24.27, 28). O Senhor vem como a Estrela da manhã (Ap 22.16). O Senhor virá como o Sol da justiça (Ml 4.2).


CONCLUSÃO

 Concluímos esta lição, entendendo que diante dessa gloriosa promessa, da volta do Senhor Jesus em glória, devemos estar vigilantes, vivendo em santidade, esperando o arrebatamento da Igreja para podermos participar deste dia em que estaremos com o Senhor em seu segundo retorno a esta terra, com corpos transformados definitivamente livres de todo sofrimento onde estaremos para sempre com o Senhor em seu Reino Eterno.

Fonte: www.rbc1.com.br - Licões da EBD

domingo, 14 de fevereiro de 2016

LIÇÃO 07 – AS BODAS DO CORDEIRO - 1º TRIMESTRE DE 2016 (Mt 22.1-14)






Então Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;
E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.
E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias.
E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu.
Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
Mateus 22:1-14

 I – O CASAMENTO JUDAICO UMA FIGURA DAS BODAS DO CORDEIRO

As Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento, utilizam-se do casamento para simbolizar a glória espiritual final e a alegria dos fiéis servos de Deus. Em muitos trechos do Novo Testamento a relação entre Cristo e a igreja é revelada pelo uso de figuras do noivo e da noiva (Jo 3.29; Rm 7.4; 2Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.1-22.7). Abaixo destacaremos algumas informações sobre isto:

CASAMENTO JUDAICO BODAS DO CORDEIRO
O pai escolhe a esposa para o filho (Gn 24.1-4; 38.6) Em Cristo, fomos eleitos por Deus (Jo 6.37; Ef 1.4) Assume-se o compromisso de noivado (Dt 20.7; Mt 1.18) A igreja é chamada de Noiva e Cristo é chamado de noivo (2 Co 11.2; Ef 5.25-32; Ap 19.6-8) O pagamento do dote para obter a noiva (Gn 34.12; Êx 22.12; I Sm 18.25) Cristo pagou o preço para obter sua noiva (At 20.28; I Co 6.19,20; Ef 5.25; I Pe 1.18,19) O noivo sai com um cortejo para buscar a noiva em sua residencia a fim de trazê-la para si (Mt 25.6). O noivo sairá com o cortejo angelical para buscar a noiva a fim de trazê-la para a casa do Pai (Jo 14.1-3) O tempo da celebração do casamento de sete dias (Jz 14.12,15,17,18) O tempo das bodas no céu durará sete anos (Nm 14.34; Ez 4.6; Jo 4.9) Acontecia um banquete em comemoração (Gn 29.22) Acontecerá um grande banquete em comemoração (Ap 19.9). 

II - INFORMAÇÕES DETALHADAS SOBRE AS BODAS DO CORDEIRO

“As Bodas do Cordeiro é a consumação da união mística entre Cristo e a sua Igreja. Será uma celebração tão elevada e inefável, que não encontrará precedente algum quer no tempo, quer no espaço; começará com o arrebatamento dos santos, e há de continuar por toda a eternidade. Nas Bodas do Cordeiro, a Igreja apossar-se-á de toda a sua herança como a Noiva de Cristo, e Cristo a possuirá, concretizando, assim, de maneira amorosa e eterna, o alvo maior do Plano Redentivo: Deus entre o seu povo, e o seu povo a desfrutar-lhe de todos os benefícios advindos desta comunhão” (ANDRADE, sd, p. 35). Abaixo destacaremos mais algumas informações sobre este importante evento:

2.1 Quando ocorrerá. “Esse casamento parece seguir os acontecimentos do Tribunal de Cristo, visto que, quando surge, a igreja aparece adornada com “os atos de justiça dos santos” (Ap 19.8), que só podem referir-se às coisas que foram aceitas no tribunal de Cristo. Desse modo, as bodas devem ocorrer entre o tribunal e a segunda fase da segunda vinda de Cristo a terra. Uma evidência disso é que, ao descer o Senhor, as bodas já ocorreram, como se vê, comparando Ap 19.7-9, com 19.11-14. Assim, enquanto os juízos divinos caem sobre a terra, durante a Grande Tribulação, haverá festa no céu. (PENTECOST, sd, p. 248 – acréscimo nosso).

2.2 Local das Bodas. “Só pode ser o céu. Visto que se segue ao tribunal de Cristo, demonstrado como acontecimento celestial, e visto que, quando o Senhor retomar, a igreja virá nos ares (Ap 19.14), as bodas devem ocorrer no céu. Nenhum outro local seria adequado a um povo celestial (Fp 3.20) (PENTECOST, sd, p. 248).

2.3 Os participantes das Bodas. Participarão das Bodas do Cordeiro todos os santos ressuscitados e os vivos transformados por ocasião do arrebatamento (I Ts 4.16,17). A Noiva será formada pelos crentes de todas as épocas porque os santos do NT deverão participar das promessas juntamente com os santos do AT (Rm 4.16; Hb 11.39).

2.4 Quanto tempo durará. A Bíblia nos informa que entre os judeus, as bodas eram celebradas durante sete dias com grande alegria (Jz 14.12,15,17,18). As bodas de Jacó duraram sete dias (Gn 29.27,28). “Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso aponta para as bodas do Cordeiro durante “sete anos”: Em termos proféticos um dia equivale um ano (Nm 14.34; Ez 4.6; Jo 4.9). Naquele dia Cristo se unirá a Igreja para nunca mais se separar dela (I Ts 4.17). Estaremos com ele no Tribunal; nas Bodas; na Ceia; na sua Manifestação; no Milênio; no Juízo Final; na Nova Terra; finalmente na eternidade!” (SILVA, 1998, p. 46 – acréscimo nosso).

III – O QUE ACONTECERÁ DEPOIS DO ARREBATAMENTO

3.1 O casamento. A palavra bodas é traduzida como uma “celebração de casamento” (FERREIRA, 2004, p. 308). A Bíblia nos mostra que, enquanto a Igreja estiver aqui na terra, ela será chamada de Noiva de Cristo (II Co 11.2). Contudo, na ocasião pós arrebatamento dar-se-á o casamento, quando enfim, ele será chamada de esposa do Cordeiro (Ap 19.7; 21.9). Assim vemos que “o simbolismo do casamento judaico foi maravilhosamente cumprido no relacionamento de Cristo com sua igreja. O pacto do casamento é implementado no momento em que os membros da igreja são redimidos (Lc 22.20; Hb 9.15). Cristo, o noivo, busca a sua noiva no arrebatamento (I Ts 4.16,17). Segue-se, então, a terceira fase, isto e, a Ceia do Casamento (Ap 19.8)” (PFEIFFER apud WALWOORD, 2007, p. 320 – acréscimo nosso).

 3.2 A ceia. A palavra “ceia” significa “refeição”. Neste caso diz respeito ao banquete que segue o casamento (Gn 29.22; Jz 14.10). A sunamita, a esposa de Salomão, foi por ele introduzida nas recâmaras do palácio (Ct 1.4). Em seguida, amorosamente ele também a conduziu a sala do banquete (Ct 2.4). De igual forma o Senhor ao levar a sua noiva para as mansões celestes (Jo 14.1-3), irá promover a grande ceia, conforme as palavras de Jesus: “Porque vos digo que a não comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus” (Lc 22.16; 27-30). “Será um banquete como nunca houve; será o cumprimento das parábolas, das profecias, e da tipologia do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja. É mais uma razão para todo este regozijo. As bodas do Cordeiro trarão grande honra e glória ao Deus Pai, pois é a culminação de seu grande plano de redenção” (HORTON, 2011, p. 203).

3.3 Grande celebração. Em Apocalipse 19.6,7 vemos a descrição da visão de João a cerca desse glorioso evento, informando-nos que ele será repleto de júbilo, adoração e alegria. “Os salvos chegados de todas as partes da terra e de todos os tempos saudar-se-ão alegremente. Conheceremos os santos do Antigo e do Novo Testamento e reencontraremos aqueles que dentre nós foram antes estar com Jesus (Mt 8.11; I Ts 4.13,14) . Os salvos estarão livres de todas as lutas, angústias, pecado e mal. Uma só vez mirar a augusta e divina face de Jesus compensará todas as lutas e tristezas sofridas neste lado da vida. Como não será a recepção por Deus e por todos os santos anjos, do cortejo chegado da Terra, composto por miríades de fiéis, tendo à frente o Senhor Jesus que os salvou por sua graça” (GILBERTO, 2007, p. 15 -acréscimo nosso).

IV – O PERFIL DA NOIVA DO CORDEIRO 

4.1 Virgem. Na ótica judaica, a pureza sexual era fator preponderante para o matrimônio. A virgindade da moça era um dos critérios para estar apta para casar, pois como no princípio o ato conjugal só deveria ser consumado no casamento (Gn 2.24,25; 24.16; Lc 1.27). Dessa noite nupcial se conservava o tecido manchado de sangue que provava a virgindade da noiva e que servia de prova em caso de calúnia do marido (Dt 22.13-21). A virgindade da noiva, nos aponta quão elevada deve ser a pureza moral e espiritual daqueles que servem a Cristo (I Ts 4.3; Hb 12.14). Biblicamente, o pecado, a idolatria e a amizade com o mundo, se constitui num adultério espiritual (Os 1-3; Jr 2-3; Ez 16; 23; Tg 4.4). Portanto, a Igreja deve viver como a virgem prometida ao seu futuro esposo (2 Co 11.2), pertencendo somente a Cristo de acordo com o pacto de casamento. Ele buscou sua noiva com amor e a santificou para que possa estar livre de qualquer mácula quando Ele mesmo a apresentar a si próprio com todo esplendor (Ef 5.23,27).

4.2 Vestida de linho. As vestes de linho neste caso, indicam as boas obras realizadas pelos salvos (Ap 19.8). “O linho fino é a manifestação dessa justiça entretecida que é desenvolvida diariamente no viver cristão” (BEACON, p. 488). É bom lembrar que embora as obras não tenham valor nenhuma para salvação (Rm 3.20; Gl 2.16; II Pe 1.5-8), elas tem muito valor depois da salvação (Ef 2.10). As igrejas da Ásia, com exceção de Laodicéia, receberam elogios de Jesus por suas boas obras (Ap 2.2,3,9,13,19; 3.4; 8-10).

4.3 Adornada. Toda a noiva era adornada para esta ocasião especial (Sl 45.14,15). Desde as vestes nupciais até enfeites eram colocados para ela comparecer perante o seu noivo. A Bíblia diz que, Abraão enviou por meio do seu servo Eliezer, joias de prata, de ouro e vestidos para dá-los a esposa de Isaque (Gn 24.53). Ester, de igual forma, foi presentada com adornos para poder comparecer diante de Assuero (Et 2.9,12). De igual forma, Cristo adornou a sua Igreja com:

(a) vestes de salvação (Cl 3.9,10);

(b) o fruto do Espírito (Gl 5.22)

(c) os dons do Espírito (Rm 12.6-8; I Co 12.8-10).

CONCLUSÃO

Assim como os noivos aguardam ansiosamente o dia do casamento. De igual forma, a Igreja que é a Noiva anseia encontra-se com Cristo o Noivo a fim de estar ao seu lado para sempre. As Bodas do Cordeiro se constitui no clímax de todas as benesses que os salvos receberão do Senhor, por isso é bem aventurado quem dela participa (Ap 19.9). 

Fonte: www.rbc1.com.br


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Quem Idealizou esse plano de sobrevivência ?


“Depois, veio a ele ( Elias ) a Palavra do SENHOR, dizendo: Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do jordão “ ( I RS 17.2-3 )


Conforme Elias olhou á frente para a crise vindoura, as coisas pareciam absolutamente impossiveis para ele. Mas DEUS tinha uma plano específico de sobrevivência em mente Seu fiel servo. “Vá para o leste do rio Jordão, e lá voce encontrará Querite, um pequeno afluente. Ali você poderá  obter toda a água potavel de que precisa. Além disso, providenciei  alimento para ser entregue a você diariamente, por meio do meu corvo-correio”


Como alguma pessoa poderia sonhar com este tipo de plano de sobrevivência ? Como Elias poderia ter imaginado que seria enviado a um ribeiro escondido para encontrar agua potável, quando não havia nada, a não ser seca por toda a terra ? Como ele poderia ter imaginado que uma provisão diária de pão seria levada ao profeta  por aves de rapina que comem tudo em tocam seus bicos ?


Mais tarde, as coisas se complicaram  para Elias, porque o ribeiro finalmente secou. Porém  DEUS interveio uma vez mais, dando ao profeta nova palavra de conforto e direção. O Senhor disse: “Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali  a uma mulher viúva que te sustente”  (I RS 17.9 )


Mais uma vez, devo perguntar: Como alguém poderia achar que uma mulher pobre e viúva, no meio de uma crise econômica devastadora, alimentaria um homem por dias, semanas, meses? O fato é que DEUS usa as coisas mais insignificantes do mundo para a Sua Glória. Ele assegurou a Elias: “Se você for até ela e fizer o que eu lhe digo, você sobreviverá. Ouça-me, e voçe sobreviverá!”

A evidência é esmagadora: DEUS – nosso orientador, conselheiro e especialista em sobrevivências – tem um plano detalhado para cada um de seus filhos, afim de nos ajudar a enfrentar o pior dos tempos.


Fonte : Livro DEUS é Fiel - Pastor David Wilkerson - Bereia Book Store

A ORIGEM DA DIVERSIDADE CULTURAL DA HUMANIDADE




E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal.
E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.

Gênesis 11:1-9


Após o dilúvio, os descendentes dos filhos de Noé, liderados por um homem chamado Ninrode, se uniram para a construção de uma grande e imponente torre, num lugar chamado Babel, posteriormente chamado Babilônia. Suas motivações com este projeto eram extremamente corrompidas, o que levou Deus a intervir na situação confundindo as línguas para que os homens não se entendessem e assim deixassem de levar adiante este projeto corrupto.

I – A ORIGEM DA DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL

1.1 Diversidade linguística (Gn 11.9). Quando Deus fez o homem, já o fez apto para falar (Gn 2.19-23). A Bíblia acrescenta que até o evento da Torre de Babel, todos os homens falavam a mesma língua (Gn 11.1). Todavia, para embargar aquele projeto orgulhoso, Deus confundiu as línguas, dando origem a outros idiomas. A partir disso “é impossível dizer quantas línguas os homens já falaram, desde que o fenômeno veio à existência. Muitos milhares de idiomas têm sido usados, têm evoluído e têm desaparecido. Até mesmo quanto à atualidade, é difícil dizer-se exatamente
quantas línguas são faladas no mundo” (CHAMPLIN, 2004, p. 828).

1.2 Diversidade cultural (Gn 10.5,32). A palavra “cultura” significa: “ o conjunto de comportamentos e ideias característicos de um povo, que se transmite de uma geração a outra e que resulta da socialização e aculturação verificadas no decorrer de sua história (BURNS, 1995, p. 15). Foi a partir da linguagem diferente e por conseguinte da dispersão que os povos começaram a criar seu próprio modo de vida distinto. Logo, a cultura até certo ponto não é nociva,
desde que não venha a ferir os princípios da Palavra de Deus.

II - OS DESCENDENTES DOS FILHOS DE NOÉ

É importante destacar que nem todas as nações conhecidas do AT estão arroladas em Gênesis 10, mas constam do rol em número suficiente para firmar o ponto de que a humanidade é uma só, com toda a sua diversidade, sob o único Criador (At 17.26). Abaixo destacaremos informações sobre os descendentes de Sem, Cam e Jafé, filhos de Noé, segundo o Comentário Bíblico Africano (2010, p. 27):

2.1 Os descendentes de Sem (semitas) (Gn 10.2-5). Os descendentes de Sem são relacionados até a sexta geração (seus pentanetos). Aqui, a declaração geral é de que “são estes entre os filhos de Sem, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações” (Gn 10.31; I Cr 1.17-27). O número maior de gerações abrangidas reflete o interesse do autor. No início da genealogia, diz-se que Sem “foi pai de todos os filhos de Héber” (Gn 10.21). É possível
que tenha sido destacado pelo fato de algumas pessoas costumarem explicar a designação “hebreu” como sendo proveniente de “Héber”. A linhagem de Sem culmina com Abraão (Gn 11.17-27), em quem se origina a semente que será o canal de benção universal que é Cristo Jesus (Gn 12.3; Gl 3.18). Em Atos, vemos Lucas registrar a salvação de um descendente de Cam: o Eunuco (At 8.1); de Sem: Saulo (At 9); e de Jafé: Cornélio (At 10). O apóstolo João vislumbra no céu, homens que foram comprados pelo sangue de Jesus, de todas as tribos, línguas e nações (Ap 5.9-10).

2.2 Os descendentes de Cam (canitas) (Gn 10.6-20). A linhagem de Cam é relacionada até a quarta geração (seus bisnetos). De acordo com a declaração geral desta passagem, são “estes os filhos de Cam, segundo suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, e em suas nações” (Gn 10.20; I Cr 1.8-16). Costuma-se associar os filhos de Cam — Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã — aos etíopes, egípcios, líbios e cananeus, respectivamente. Três descendentes de Cam recebem atenção especial: Ninrode “poderoso caçador” (Gn 10.8); Mizraim “de onde vieram os filisteus” (Gn 10.13-14); e, Canaã que tornou-se o antepassado das tribos relacionadas em (Gn 10.15-18). O território ocupado por elas é a mesma terra prometida posteriormente a Abraão e seus descendentes (Gn 10.19; Êx 3.8,17; 13.5; Dt 7.1).

2.3 Os descendentes de Jafé (jafetitas) (Gn 10.21-31). A linhagem de Jafé é relacionada até a terceira geração (seus netos). O autor faz, então, uma declaração geral de que “estes repartiram entre si as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua” (Gn 10.5; I Cr 1.3-7). Estudos que procuram relacionar os nomes dos filhos e netos de Jafé com dados históricos posteriores sugerem que talvez ele seja o antepassado dos povos indo-europeus.

III – NINRODE: O MENTOR DA REBELIÃO CONTRA DEUS

3.1 A família de Ninrode (Gn 10.8). De acordo com o texto bíblico, Ninrode é filho de Cuxe, filho de Cam. “Embora seu nome não aparece na lista dos filhos de Cuxe em Gênesis 10.7. Ao que parece, neste caso o verbo “gerar” não define Cuxe como seu pai, mas sim como seu antepassado” (ADEYEMO, 2010, p. 27 – acréscimo nosso).
3.2 O caráter de Ninrode (Gn 10.8,9). “A Bíblia fornece-nos algum relato relativo a Ninrode. Mas o significado do seu nome, “rebelde” parece fazer dele uma espécie de anti-herói indesejável. Ele era o tipo de rei que Deus jamais aprovaria. Em Gênesis 10.8,9, Ninrode é chamado “gibbor”, que significa “guerreiro” (CHAMPLIN, 2005, p. 508). Ninrode destaca-se na antiguidade como o primeiro “dos grandes homens que há na terra”, rememorado por duas coisas que o mundo admira: bravura pessoal e poder político.

3.3 O reino de Ninrode (Gn 10.10). “A conexão entre Ninrode e a torre de Babel é evidente pela prioridade cronológica de Gênesis 11 a Gênesis 10 e pelo fato de que um dos centros do reino de Ninrode era a Babilônia (ou seja, Babel). Muito provavelmente o próprio Ninrode era um dos construtores da torre” (ZUCK, 2009, p. 38). Flávio Josefo, judeu, historiador do primeiro século, relatou a participação direta dos homens liderados por Ninrode na construção da Torre em
Babel: “Ninrode, neto de Cam, um dos filhos de Noé, foi quem levou os homens a desprezar a Deus. Ao mesmo tempo valente e corajoso, persuadiu-os de que deviam unicamente ao seu próprio valor, e não a Deus, toda a sua boa fortuna. E, como aspirava ao governo e queria que o escolhessem como chefe, abandonando a Deus, ofereceu-se para protegê-los contra Ele, construindo uma torre para esse fim, tão alta que não somente as águas não poderiam chegar-lhe ao cimo como ainda ele vingaria a morte de seus antepassados” (JOSEFO, 2004, p. 28 – acréscimo nosso).

IV – O PROJETO DA TORRE DE BABEL




4.1 A construção da torre (Gn 11.3,4). Os homens estavam unidos entre si, mas essa unidade conferiu-lhes a coragem e a ambição de fazer coisas proibidas. Utilizando-se de tijolos e do betume como argamassa, eles deram início a construção de uma imponente torre. “A 'torre' que construíram em Babel era uma estrutura conhecida como 'zigurate'. Arqueólogos já escavaram várias dessas estruturas enormes construídas principalmente para fins religiosos. Um zigurate era como uma
pirâmide, exceto pelo fato de que cada nível acima era menor, criando uma sucessão de “degraus” que permitiam subir até o topo” (WIERSBE, 2010, p. 77).

4.2 Os propósitos da construção (Gn 11.4). Segundo Matthew Henry (2010, p. 71), foram três os motivos da construção da Torre de Babel:

(a) Ela parece destinar-se a uma afronta ao próprio Deus (Gn 11.4-a). Pois eles desejavam construir uma torre cujo cume tocasse nos céus, o que evidencia um desafio a Deus, ou pelo menos, uma rivalidade com Ele. Eles desejavam ser como o Altíssimo, ou pelo menos, aproximar-se dele o mais que pudessem, não em santidade, mas em altura;

(b) Eles esperavam, com isto, fazer um nome para si (Gn 11.4-b). Eles desejavam fazer alguma coisa para que se falasse deles agora e para dar a conhecer à posteridade que havia existido homens assim no mundo. Em lugar de morrer sem deixar algo que os recordasse, eles desejavam deixar este monumento do seu orgulho, e ambição, e tolice; e, 

(c) Eles fizeram isto para impedir a sua dispersão (Gn 11.4-c). Para que pudessem estar unidos em um império glorioso, eles decidem construir esta cidade e esta torre, para que fossem a metrópole do seu reino, e o centro da sua unidade.

V – A ATITUDE DIVINA ANTE A CONSTRUÇÃO DA TORRE

5.1 Deus desceu (Gn 11.5,7-a). “O Deus do céu jamais fica perplexo nem paralisado com aquilo que as pessoas fazem aqui na Terra. A arrogante exclamação de Babel 'Subamos!' foi respondida com tranquilidade pelo céu: 'Desçamos!'. É claro que Deus não precisa realizar uma investigação para saber o que está acontecendo em seu Universo; a linguagem usada serve apenas para dramatizar a intervenção divina” (WIERSBE, 2010, p. 78 – negrito nosso).

5.2 Deus confundiu (Gn 11.7-b). A Bíblia diz que Deus desceu para embargar o projeto da construção dessa Torre, confundindo-lhes a língua ao ponto de não se entenderem para não levar adiante aquele projeto. “A palavra Babel (Babilônia) dava-se a si própria o nome de “Bab-ili”, “portal de Deus”. Mas, mediante um jogo de palavras, a Escritura sobrepõe o rótulo mais verdadeiro, “bãlal” que significa “ele confundiu”. Na Bíblia, esta cidade veio a simbolizar crescentemente a sociedade ateísta, com suas pretensões (Gn 11), perseguições (Dn 3), prazeres, pecados e superstições
(Is 47.8-13), suas riquezas e sua eventual ruína (Ap 17,18)” (KIDNER, 2001, p. 103). Aprendemos com isso que, todo e qualquer projeto a ser realizado alienado de Deus, mais cedo ou mais tarde sucumbirá (Sl 127.1-3; Mt 7.24-27).

5.3 Deus espalhou (Gn 11.8). Aquilo que o povo havia temido lhes sobreveio devido a seus atos quando Deus “os dispersou dali pela superfície da terra” (Gn 11.8). Impossibilitados de se comunicar de forma apropriada, os trabalhadores tiveram de interromper a construção da torre. “Não sabemos o que Deus fez com a Torre, uma tradição judaica diz que o fogo desceu do céu a consumiu até os alicerces. Outra tradição afirma que ela foi derrubada pela força
do vento” (PFEIFFER, 2007, p. 249).

CONCLUSÃO

Sempre que o homem age por arrogância desconsiderando o senhorio de Deus sobre todas as coisas, ele experimenta a punição e o juízo do Senhor. Esta é a principal lição que podemos extrair do episódio da torre de Babel.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

LIÇÃO 06 – O TRIBUNAL DE CRISTO E OS GALARDÕES - 1º TRIMESTRE DE 2016





Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.
Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.

1 Coríntios 3:11-15



INTRODUÇÃO
O Tribunal de Cristo é o julgamento dos servos de Deus quanto às suas obras na Terra (2Co 5.10; Rm 14.10). Analisaremos que neste julgamento não seremos julgados quanto à nossa posição e condição de salvos, e sim, quanto ao nosso desempenho como servos do Senhor. Pontuaremos ainda que nesse grande julgamento da Igreja, todos hão de prestar contas de sua administração (Lc 16.2; 19.13), e que naquele dia, o Senhor requererá o nosso “relatório” (Ml 3.16-18). E por fim, concluiremos mostrando que o Senhor nos julgará quanto à mordomia daquilo que nos entregou (Lc 12.16-20; 1Co 6.12; Ef 5.16; 1Pe 4.10).

I - O SIGNIFICADO DO TERMO “TRIBUNAL DE CRISTO”

Tribunal de Cristo é o primeiro dos eventos depois do Arrebatamento da Igreja. Paulo refere-se ao Tribunal como o “bema” (2Co 5.10). O bema era um estrado ou plataforma, utilizado por oradores (púlpito) e atletas (pódio). Os bemas históricos eram plataformas elevadas em que governantes ou juizes se sentavam para fazer discursos (At 12.21) ou julgar casos (At 18.12-
17). O Tribunal de Cristo é visto por alguns apenas como um lugar de recompensas (LAHAYE, 2009, p. 462). Paulo, entretanto, chama-o de um lugar de compensação do grego “komizo”. O Senhor atenta para o que fazemos, seja bom “aghathos” ou mau “phaulos” e seremos compensados de acordo com nossas obras (1Co 3.10-15) (Ídem, 2009, pp. 204, 205).

II - DIFERENÇA ENTRE O TRIBUNAL DE CRISTO E O GRANDE TRONO BRANCO

A Bíblia diz que Jesus é o “justo juiz”, de modo que todos os julgamentos serão justos e irrecorríveis (2Tm 4-8; 1Pe 1.17) Deus julgará tanto crentes quanto ímpios. O julgamento dos ímpios será diante do Grande Trono Branco um evento descrito em Apocalipse 20.15, o qual ocorre após o reino milenial de Cristo que será o último julgamento antes da eternidade futura. O julgamento dos iníquos levará a um sofrimento proporcional à sua iniquidade (Mt 10.15; 11.23-24; Lc 19.27). Já o julgamento dos justos levará a recompensas maiores ou menores, em proporção à fidelidade de cada um (Lc 19.11-27). Os ímpios comparecerão perante o Grande Trono Branco que se dará depois do Milênio, os crentes comparecerão perante o Tribunal de Cristo que se dará
antes do Milênio. E neste Tribunal, os crentes serão recompensados tomando-se por base o quão fielmente serviram a Cristo ( Mt
28.18-20; Rm 6.1-4; 1Co 9.4-27; 2Tm 2.4-8; Tg 1.12; 3.1-9; 1Pd 5.4; Ap 2.10)

III - QUEM SERÁ JULGADO NO TRIBUNAL DE CRISTO

A doutrina do julgamento do crente trata-se do Tribunal de Cristo, isto é, o julgamento da igreja após o seu arrebatamento (2Co 5.10; Rm 14.10; 1Jo 4.17). É o dia da prestação de conta da nossa vida; da nossa mordomia cristã, da nossa diaconia. Segundo a Palavra de Deus, o julgamento do crente é tríplice. No passado, o crente foi julgado em Cristo, no Calvário, como pecador (2 Co 5.21). No presente, ele é julgado como filho de Deus, durante a sua vida (1Co 11.31). No futuro, será julgado como servo de Deus, quanto à sua fidelidade no serviço prestado a Deus (1Co 4.2-6; 2Co 5.10). Não será um julgamento de pecados do crente (Rm 8.1; Jo 5.24), mas das obras do crente (Ap 22.12; 14.13). Todos os salvos serão julgados, e não apenas alguns (Rm 14.10; 2Co 5.10). Neste contexto, está claro que se referem aos cristãos, não aos não-crentes. O Tribunal de Cristo, desta forma,
envolve crentes dando contas de suas vidas a Cristo. Não devemos olhar para o Tribunal de Cristo como Deus julgando nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por nossas obras

IV - QUANDO E ONDE SERÁ ESSE JULGAMENTO

O Tribunal de Cristo acontecerá depois do arrebatamento da Igreja. Será realizado nos céus. A Bíblia ensina que este julgamento será exclusivamente para os salvos arrebatados na vinda de Jesus. A questão da salvação já foi resolvida. Não será um julgamento para condenação ou salvação, será um julgamento para receber galardão conforme o que prometeu o Senhor Jesus: “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12).Se Jesus virá com o galardão, o julgamento se dará logo após o Arrebatamento, ainda nos ares (1Ts 4.16,17; 2Ts 2.1; Mt 16.27; Ap 22.12; 1Pe 5.4), antes das Bodas do Cordeiro — nesta Ceia, a Igreja já estará coroada (1Pe 5.4), vestida de linho fino, puro e resplandecente (Ap 19.7-9). Os salvos de todas as épocas participarão dessa reunião nos ares. Jesus disse que haverá recompensa na ressurreição dos justos (Lc 14.14). Os heróis do AT que, tendo o testemunho pela fé, morreram sem alcançar a promessa (Hb 11.39), ressuscitarão (1Co 15.51,52) para receber de Cristo, o Justo Juiz, a coroa da justiça, pois, como Paulo, combateram o bom combate, acabaram a carreira e guardaram a fé (2Tm 4.7,8). Todos os salvos arrebatados serão julgados pelas suas obras, para receber ou não galardão
(2Co 5.9,10; Rm 14.10-12; 1Jo 4.17)

V - O QUE SERÁ JULGADO

As más ações do cristão, quando ele arrepende-se, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levados em conta quanto a sua recompensa (2Co 5.10; Ap 14.13); isto é, tudo o que fizemos fica registrado no Céu (Ml 3.16-18). No Arrebatamento, Jesus que conhece as nossas obras (Ap 2.2,9,13,19; 3.8,15), trará consigo o resultado, a avaliação de nosso trabalho. Existem cinco critérios deste julgamento que envolvem:


1º) a “lei da liberdade cristã” (Tg 2.12); 

2º) a qualidade do trabalho que fazemos para Deus (Mt 20.1-16); 

3º) o “material” empregado no trabalho feito para Deus (I Co 3.8,12-15); 

4º) a conduta do crente por meio do seu corpo (2 Co 5.10) e 

5º) os motivos secretos do nosso coração (I Co 4.5; Rm 2.16) 

O propósito do julgamento dos crentes diante do Tribunal de Cristo é determinar se as obras de cada um foram dignas ou não. A avaliação incluirá as obras em si, o zelo com que foram realizadas e o que as motivou

Vejamos:

As Obras. Aquilo que uma pessoa faz por Deus é registrado em um memorial diante do Senhor dos Exércitos (Ml 3.16-18). As Escrituras prometem recompensas específicas para obras específicas (Mt 5.11-12; Lc 6.21-22; 14.12-14). Deus recompensará os crentes por todas as ações que tiverem mérito ou valor eterno.

Boas obras. Boas obras do grego “agathos” podem ser definidas como aquelas que têm sido “manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3.21; Ef 6.7-8; 1Ts 1.3). As boas obras são representadas por ouro, prata e pedras preciosas. As boas obras também são chamadas de “fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus” (Fp 1.11; 2.13).

Obras más. Paulo falou sobre a possibilidade de ser “reprovado” ao não conseguir viver fielmente (1Co 9.24-27). Más ações do grego “phaulos” são desprezíveis aos olhos de Deus. Podem ser chamadas de “obras mortas” ou “obras da carne”. O perigo de produzir obras da carne reside no fato de que o trabalho do crente acaba sendo em vão, inútil ou vazio (1Co 15.58; 1Tm 6.20; 2Tm 2.16; G1 4.9; Tt 3.9; Tg 1.26). Obras más não possuem qualidade, por isso são caracterizadas
como madeira, feno e palha materiais de pouco valor ou durabilidade. Estas são as ações produzidas a partir de motivações erradas (1Jo 2,28 versão atualizada).

A Motivação. Deus sonda a nossa mente e o nosso coração a fim de nos determinar a recompensa. A motivação de nossas obras também será revelada no Tribunal de Cristo (Lc 12.2-3). O propósito ou motivação de um coração legitima ou invalida os atos de uma vida (Mt 5.16; 6.1-21). Quando as obras são feitas para que outros as vejam, perdem-se as recompensas, pois, os desígnios do coração do homem serão manifestos. (1Co 4-5; Ap 2.23). Embora um serviço exercido por motivos errados possa resultar na perda de recompensas, ele ainda pode ter efeitos eternos (Fp 1.14-19)

VI - QUAIS SERÃO OS CRITÉRIOS DESSE JULGAMENTO

Jesus não galardoará apenas o crente apóstolo, pastor, bispo, missionário, reverendo, teólogo, cantor etc. O prêmio da soberana vocação (Fp 3.14) será dado aos “servos bons e fiéis” (Mt 25.21,23). A base do julgamento serão “as obras”, e não “os títulos” (1Co 3.10-15; Rm 14.12; Ap 22.12). Este texto mostra que as obras aprovadas são as realizadas em Cristo, o fundamento. Os elementos ouro, prata e pedras preciosas representam o trabalho feito com humildade, amor e temor, para a glória do
Senhor (1Co 10.31). Já os materiais madeira, feno e palha facilmente consumíveis pelo fogo, falam das obras feitas por vaidade, motivações erradas e egoísmo, para receber glória e ser visto apenas pelos homens (Mt 6.2,5). Somente serão galardoados aqueles cujas obras resistirem ao fogo da presença do Senhor (Hb 12.29). Não existe aqui nenhuma margem para o falso ensinamento
romanista do purgatório, visto que, após a morte, segue-se o juízo (Hb 9.27). A expressão “o tal será salvo” não denota que a salvação só acontecerá após esse julgamento, pois, existirem obras que, apesar de inconvenientes, não interferem, até certo ponto, na salvação (1Co 6.12; 10.23; Hb 12.1; 1Ts 5.22). Este julgamento será baseado em tudo o que tivermos feito por meio do corpo
(Rm 14.10; 2Co 5.10; Hb 4.13; Mt 10.26).

VII - AS RECOMPENSAS DESSE JULGAMENTO

Precisamos saber de antemão que o nosso primeiro julgamento já ocorreu no Calvário. Neste julgamento Jesus foi julgado em nosso lugar, sofrendo o castigo do nosso pecado, a morte, para que pudéssemos ser salvos. Agora, no Tribunal de Cristo, o crente será julgado como servo, isto é, quanto ao seu serviço prestado a Deus e o seu testemunho (Ap 22.12). Não se trata de julgamento dos pecados do crente, pois, nossos pecados já foram julgados em Cristo (2Co 5.21; Gl 3.13).  A nossa salvação é pela graça e pela obra redentora que Jesus consumou por nós (Hb 7.27). Haverá diferentes tipos de galardões simbolizados por coroas e as Escrituras mencionam três dessas coroas.

Vejamos:

A Coroa da Vida. Esta coroa é concedida àqueles que perseveram em meio às provações (Tg 1.2-3,12; Ap 2.10; 3.11). Os crentes devem alegremente perceber as provações como oportunidades dadas pelo Senhor para que cresçam e amadureçam. Sua motivação deve também proceder do amor que sentem por Deus.

A Coroa da Justiça. Esta coroa está reservada àqueles que ansiosamente aguardam o retorno do Senhor (2Tm 4.6-8).Amar a vinda do Senhor supõe uma vida de obediência. Tamanha fidelidade proporciona certo grau de segurança enquanto o fiel aguarda o breve retomo do Senhor.

A Coroa da Glória. Esta coroa é prometida àqueles que apascentam o rebanho do Senhor pelos motivos certos (1Pe 5.2-4; Fl 4.1; Dn 12.3;1Ts 2.19; Pv 11.30). Os obreiros piedosos, dignos de recompensa, são aqueles que servem de coração, e não por obrigação. São exemplos de uma vida piedosa para o rebanho. Reconhecem a obrigação pela qual prestarão contas
ao supremo Pastor (Ez 34-2-4).

CONCLUSÃO

No Tribunal de Cristo haverá muitas surpresas. Coisas encobertas, positivas ou negativas, virão à tona naquele grande Dia (1Co 4.5; 2Co 10.17,18; Pv 25.27; 27.2). As obras que ninguém vê aqui serão expostas pelo Senhor, naquele Dia, para que todos tomem conhecimento (Hb 4.13). Sejamos fiéis a Jesus Cristo até ao fim (Ap 2.10; 3.11), para que tenhamos confiança no dia do
juízo (1Jo 4.17) e recebamos a coroa incorruptível (1Co 9.25).

Fonte : www.rcb1.com.br